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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ORQUIDÁRIO
Do Parque Indígena ao Orquidário (2)

Chácara de Júlio Conceição já foi o maior orquidário ao ar livre do mundo
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Bem no final da Avenida Conselheiro Nébias, junto à praia do Boqueirão, funcionou por muito tempo uma bem cuidada chácara, com fama internacional: o Parque Indígena, mantido por Júlio Conceição. Perto de sua morte, as orquídeas ali mantidas foram adquiridas pela Municipalidade, que formou com elas o Orquidário Municipal.

Detalhe de orquídeas/garças em árvore no Orquidário
Fotos: Prefeitura Municipal de Santos e Tadeu Nascimento/PMS

Essa história foi tratada por Fernando Martins Lichti, na Poliantéia Santista (3º volume, 1996, Editora Caudex Ltda., São Vicente/SP):

Fachada do Orquidário em 1995, vendo-se na entrada antigo bonde em exposição permanente 
Foto: Marcelo Saitta/Prefeitura Municipal de Santos

Orquidário Municipal

[...]

Parque-jardim magnífico, muito freqüentado [...], é o Orquidário Municipal, no José Menino, hoje formando um bosque maravilhoso, dotado de pérgulas-viveiros de orquídeas e de um bonito pavilhão para exposições dessas orquídeas e plantas ornamentais, onde, anualmente, os orquidófilos de Santos, São Paulo e outras cidades, concorrendo a prêmios oficiais de estímulo, expõem centenas de espécimes e tipos, muitos deles raros, de extraordinária beleza.

O Orquidário Municipal de Santos é um dos lugares mais bonitos e uma das principais atrações turísticas da cidade. É um parque zoobotânico com 22.240m² que mistura características de belos jardins e aspectos de matas naturais. Uma floresta urbana exuberante que merece ser visitada. Toda ela foi cuidadosamente plantada e cultivada no local, principalmente com espécies da Mata Atlântica, para abrigar uma coleção de 6.000 orquídeas.

Além dessas flores, você pode admirar árvores frutíferas e medicinais, espécies raras como o pau-brasil e ainda embaúba, guapuruvu, ipê roxo, pau-ferro. Arbustos como dracenas, manacá de cheiro e palmeiras como a imperial e o palmito açaí. Plantas vistosas como a spatiphyllum, de flores brancas e perfumadas encontradas em todo o parque, calateas, helicônias, begônias, violetas, antúrios, samambaias, trepadeiras e bromélias.

Toda essa vegetação atrai inúmeros pássaros que vivem em liberdade em meio às aves ali existentes - tucanos, gaviões, araras e pavões. Na área central há um lago de 1.180 m² que recebe aves aquáticas e migratórias.

O Orquidário também abriga animais silvestres e grande parte vive solta pelo parque. Entre as espécies da fauna, há algumas raras e ameaçadas de extinção: macacos-aranha, macucos, guarás e jacuguaçus.

O Orquidário Municipal foi dirigido, desde o princípio, por um técnico dedicado, apaixonado das orquídeas, que já tratava delas no Parque Indígena, de Júlio Conceição (no fim da Avenida Conselheiro Nébias, junto à Avenida Vicente de Carvalho e o mar), que foi o Inácio Manso Filho, responsável pela montagem e desenvolvimento do Orquidário, proporcionando fama ao grande parque santista.

Cerca de 1938, o município, então dirigido pelo prefeito A. Gomide Ribeiro dos Santos, adquiriu de Júlio Conceição as suas orquídeas, pouco antes do seu falecimento, e com elas formou o Orquidário Municipal, inaugurado somente no curto governo do dr. Lincoln Feliciano, o qual, em homenagem a Júlio Conceição, grande figura da cidade, lhe deu o nome de Parque Indígena, o mesmo que tinha o parque particular da Avenida Conselheiro Nébias.


Fachada do Orquidário em 1995, vendo-se na entrada antigo bonde em exposição permanente 
Foto: Marcelo Saitta/Prefeitura Municipal de Santos


Ave de solo, araras azul e vermelha, e os macacos:
são alguns dos habitantes do Orquidário santista
Fotos: Prefeitura Municipal de Santos e Tadeu Nascimento/PMS

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