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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Igrejas
A centenária comunidade dos luteranos (7)

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Em outubro de 2006, a Igreja Luterana comemorou um século de presença em Santos, embora seu templo atual só tenha sido inaugurado em 1935, na Avenida Francisco Glicério, 626. A Igreja Luterana foi fundada pelo ex-padre católico Martinho Lutero, na Idade Média, com o movimento denominado Reforma, e as primeiras comunidades no Brasil surgiram em 1824, com a chegada dos imigrantes alemães. Ao completar seu centenário, a comunidade luterana santista publicou este livrete comemorativo "Luteranos - 1906-2006 - Santos - Celebrando os 100 anos de uma história de fé":

[...]


A comunidade, no centenário da igreja

Foto publicada com o texto

Com o pouco de cada um, muito pode ser feito

Assim como na parábola dos trabalhadores na vinha (Mateus 20.1-16), quando todos os contratados para ajudar na colheita receberam igual valor, embora tivessem trabalhado mais ou menos horas, assim também é a importância do trabalho e da participação de cada membro na existência da comunidade.

Muitos puderam e dedicaram anos de suas vidas na manutenção da comunidade e divulgação do evangelho. Outros dedicaram menos tempo, talvez não pudessem se dedicar mais. Foi, contudo, o conjunto de todos os esforços, do maior ao mais singelo, que permitiu que a colheita, digo, a obra de termos atingido 100 anos como comunidade, fosse realizada.

Esperamos que todos se animem a continuar esta importante obra missionária, com o esforço que cada um puder doar, para que as futuras gerações possam comemorar os 200, 300 anos...!

Relacionamos abaixo os membros que por pioneirismo ou tempo maior dedicado à comunidade ficaram registrados nos livros e memória da comunidade, em especial assumindo cargos junto à diretoria. Antecipadamente pedimos perdão, pois, por mais cuidados que se possa ter, toda lista de homenageados traz embutida em si uma série de injustiças, seja por eventuais omissões, causadas por perda ou extravio de documentação em épocas de crise.

H. Schlüter

Rodrigo Pfaff

Franz Jahrmann

Artur Jahrmann

Hans Bethge

Fritz Reininghaus

Fritz Nossack

Ernst Kittel

Ernst Raupke

Hans Villiger

Walter Wolff

Carlos Huber

L. Feder

B. Weise

Friedrich Koerl

Eduard Bormann

Georg Roth

Paul Rogner

Friedrich Rogner

August Burmeister

Friedrich Simon

Bruno Wilhenbeck

Otto Pupo de Moraes

Ernst Otto Hartmann

Ernst Hermann Struckmeyer

Edmund Brehme

Valentin Fuchs

Emil Wohlmann

Friedrich Gut

Eberhard von Faber

Wolf Gerhard Nossack

Hans Jürg Gut

Hans Ulrich Uebele

João Joaquim Klettenhofer

Paulo Antonio Widmer

Engelhart Berger

Doris Viertel Velloso

Jorge Heinrich

Ernesto Schroeder

Joachim Walter von Ortenberg

Joachim Robert August Timm

Norbert Buschhausen

Günter Tasto

Ernst Schaffland

Lucia C.K.G. Peres

Gertrud Hoppmann

Kurt Schlumbom

Pasquale Caporrino

Dieter Brakemann

Helmut Lackmann

Anna Hannedore Schlumbom

Julia Dippel

Elisabeth Anna Menge

Veronica Baier

Maria Platzer

Noelcy Gross Seibel

Irene Kohlbach

Antonio Teixeira

Paulo Roberto Littig

Ursula Hoppmann

Carlos A. Müller

Kaete Grantham

Carlos Hollerbach

Udo Schoenewolf

Erna Helga Kisser

Aurelio Augusto Monteiro

Bernardo Kisser

Jorge Fouquet

Bertha Reichardt

Barbara Geise

Marley de Oliveira

Paula Agnes Hildegard Margaef

Venétia Maria Carvalho Rousseau

Nivio Costa

Breno Kuhn

Vanda Elisabete Costa

Ingeborg Schaffland

Ana Maria Nossack

Paulo Schaffland

José Carlos de Carvalho Silva

Milton Klaesener

Cleonice Gomes Klaesener

Marcelo Widmer Costa

Mariane Weise da Silva

Ruth Freixo Teixeira

Osmar José Leite da Silva

Bernardete Theisen Schulz

Marli Fuchs de Carvalho Silva

Marília Costa Guimarães

Regina Freixo Teixeira

Emerson Suriani Silva

Eryka E. Fernandes Augusto

Adelar Schünke

Rozani Hager Parreira

Helga Fouquet

Karin Inga Neukranz

Helena Alda Dittrich

Michael Rousseau

Arnildo Schulz

Evandro Schoot

Fabio Augusto da Silva

Sergio Zimmermann

Miguel Fernandes Neto

Roberto Eckert

Maira Eckert

Antonio Alfredo Matthiesen

 

Acrescente o seu nome:


______________________


Ser Evangélico Luterano

Ser evangélico luterano e evangélica luterana nada mais é do que querer ser autenticamente cristão. Buscamos no evangelho o nosso jeito de viver.

Ser cristão resulta, para os evangélicos luteranos e as evangélicas luteranas, em dar-se aos semelhantes como Cristo se deu às pessoas. Lutero: "Deve-se ler a vontade de Deus nos olhos dos necessitados".

Cremos que recebemos a salvação pela fé e não pelas obras. "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5.1).

Alegramo-nos por sermos aceitos por Deus sem precisar demonstrar o nosso valor e a nossa produção. Somos valiosos independentemente das nossas posses e dos nossos conhecimentos.

Cristo é o único intermediário entre Deus e os seres humanos, conforme a Bíblia. Por isso, não oramos para os santos, nem para Maria, mãe de Jesus. Contudo, preservamos a memória dos cristãos que deixaram um bom exemplo de fé para ser seguido, mas sem colocá-los como intermediários entre nós e Deus.

 

"Eu me darei como um Cristo a meu vizinho, exatamente como Cristo ofereceu-se a mim"

  Martinho Lutero, em texto de 1535

Encaramos as tarefas na Igreja e a política na sociedade como alegre serviço a Deus prestado para com homens e mulheres. Os evangélicos luteranos e as evangélicas luteranas são livres libertadas, participantes e semeadoras da vida plena. Promovem a organização da sociedade na defesa da vida e na promoção da justiça e paz.

Assumindo "a liberdade para a qual Cristo nos libertou", tudo é nosso (1 Co 3.22). Tudo está à nossa disposição. Não há proibições para nós. Sabemos que tudo é nosso - mas atenção: nós somos de Cristo (1 Co 3:23). Quer dizer: temos liberdade de usar tudo, porém fazemos escolhas e não nos tornamos dependentes. Aprendemos com cristãos e não-cristãos, mas selecionando com critério, pois somos de Cristo.

A Igreja Evangélica Luterana tem dois sacramentos: o Batismo e a Santa Ceia. O Batismo é realizado para crianças e adultos. A regra tem sido o batismo de crianças. Na Santa Ceia são distribuídos os dois elementos: o pão e o vinho. Cristãos de qualquer confissão são admitidos à Santa Ceia. A participação na ceia fica a critério da consciência de cada pessoa.

Ser evangélico luterano e evangélica luterana é viver no dia a dia a liberdade cristã, que Martinho Lutero descreve assim: 

"Pela fé, o cristão é senhor livre sobre todas as coisas

 e não está sujeito a ninguém.

"Pelo amor, o cristão é servidor de todas as coisas e sujeito a todos."

 

A Igreja se organiza de uma forma democrática. As suas lideranças são eleitas em Assembléia Geral. Da mesma forma o pastor ou pastora é escolhido pela comunidade. O pastor e a pastora na Igreja Evangélica Luterana têm direito de casar e constituir uma família.

Há igualdade de direitos entre homens e mulheres. Ambos podem assumir o ministério pastoral ou ocupar qualquer cargo de coordenação e autoridade na Igreja.

A Igreja levanta seus próprios recursos para o trabalho comunitário através de contribuições regulares, que são ofertas livres e espontâneas. A Igreja não cobra pelos serviços que presta, seja cultos, batismos, casamentos, sepultamentos ou visitas aos doentes.

A Igreja não busca riqueza nem poder. Deve estar a serviço exclusivo do Reino de Deus. Igreja certa é a Igreja que segue a Jesus Cristo, briga e sofre por causa dele.

O evangélico luterano e a evangélica luterana estão abertos ao ecumenismo, dispostos a manter diálogo, laços de amizade e iniciativas missionárias com as igrejas cristãs e participa do diálogo inter-religioso com as demais religiões na promoção da justiça e da paz para toda criação.


Visitas recebidas durante o ano de 2006 em comemoração ao Centenário

No dia 14 de outubro de 2006 a Paróquia de Santos comemora o centenário de sua fundação. A comemoração desta data fez com que durante o ano de 2006 diversas comunidades da Igreja Evangélica Luterana de São Paulo visitassem a Paróquia de Santos e se confraternizassem com a comunidade local.



Paróquia Cantareira
Fotos de Antonio Alfredo Matthiesen, publicadas com o texto



Paróquia Guarulhos
Fotos de Antonio Alfredo Matthiesen, publicadas com o texto



Paróquia Santo Amaro
Fotos de Antonio Alfredo Matthiesen, publicadas com o texto


Créditos:

O texto deste caderno comemorativo foi elaborado por Pasquale Caporrino e Amanda Walter Caporrino em cooperação com a diretoria da Paróquia de Santos e membros da comunidade.

 

Pesquisa: Pasquale Caporrino

             Amanda Walter Caporrino

Redação: Pasquale Caporrino

Diagramação: Eduardo Paulo Stauder

 

Referências:

Atas e Documentos da Paróquia de Santos.

Memória oral: entrevista com Doris Viertel Velloso.

Anuário Santense, edição 1912.

ALTMANN, Walter, Os 500 anos do nascimento de Lutero, em jornal Folha de São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 1983.

CARVALHO, José Murilo de, A lição de Martius, em Nossa História, São Paulo, Editora Vera Cruz, Ano I, nº 1, novembro de 2003.

CADERNO DE PROGRAMAS E LEITURAS, JORNAL DA TARDE, Lutero. São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1983.

CENTRO DE ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE MATERIAL DA UNIÃO PAROQUIAL DE SÃO PAULO. 1891-1991: Igreja Evangélica Luterana de São Paulo. São Paulo: Centro de Elaboração e Divulgação de Material da União Paroquial de São Paulo, 1991.

FUNCK-BRENTANO, Frantz, Martim Lutero, Rio de Janeiro, Casa Editora Vecchi.

LANGER, Johnni. Mistério do Peabiru, em Nossa História, São Paulo, Editora Vera Cruz, Ano II, nº 22, agosto de 2005.

LICHTI, Fernando Martins, Poliantéia Santista, São Vicente, Editora Caudex, 1986.

LOBATO, Monteiro, As aventuras de Hans Staden, São Paulo, Brasiliense, 1997.

READER'S DIGEST, Você Sabia?, Rio de Janeiro, Reader's Digest do Brasil, 1999.

SANTOS, Francisco Martins dos, História de Santos, São Vicente, Editora Caudex, 1986.

STEPANEK, Sally, Martinho Lutero, em Os grandes líderes, São Paulo, Nova Cultural, 1988.

ZIERER, Otto, Alemanha, em Pequena história das grandes nações, São Paulo: Círculo do Livro, 1986.

ZIERER, Otto, Inglaterra, em Pequena história das grandes nações, São Paulo: Círculo do Livro, 1986.

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