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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - OS ANDRADAS
Panteão dos Andradas (8)

Em 1970, José da Costa e Silva Sobrinho, reuniu em livro uma série de artigos sobre um monumento santista, o Panteão dos Andradas, que havia publicado no ano anterior no jornal A Tribuna, fruto de minucioso trabalho desse pesquisador da história de Santos. Vinte e dois anos depois, a Prefeitura santista reimprimiu em livrete esse material, já que a obra original estava esgotada. Agora, Novo Milênio coloca pela primeira vez em forma digital essas informações:

Monumento funerário de José Bonifácio (detalhe)
Imagem: captura de tela, TV Mar, em 16/6/2003, 13h54

A inauguração da herma de Antonio Carlos
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Revelou-se do máximo brilhantismo e significação cívica o ato da inauguração de um busto de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, oferecido pelo interventor, dr. José Carlos de Macedo Soares.

A cerimônia teve início às 14h30, logo após a chegada do embaixador Macedo Soares, que veio a Santos especialmente para presidi-la.

O dr. José Carlos de Macedo Soares viajou em companhia dos professores Pedro Calmon, da Universidade do Brasil; Pacheco e Silva, da Faculdade de Medicina de São Paulo; Almeida Prado, da Universidade do Brasil; Ildefonso Mascarenhas e Silva, também da Universidade do Brasil; e do major Guilherme Rocha, da Casa Militar da Interventoria.

Os ilustres visitantes foram recebidos no Cruzeiro de Anchieta por uma comitiva composta dos srs. Edgardo Boaventura, Lino Vieira e Costa e Silva Sobrinho, respectivamente prefeitos de Santos, São Vicente e Guarujá, pelos srs. Hugo Santos Silva e Velsirio Fontes, provedor e vice-provedor da Santa Casa, e pelo sr. Lincoln Feliciano, do Conselho Administrativo do Estado.

No Panteão dos Andradas, aguardavam a chegada do embaixador Macedo Soares e membros da sua comitiva, tendo também assistido ao expressivo ato, entre outras, as seguintes pessoas: dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Sobrinho, secretário da segurança; d. Idílio José Soares, bispo diocesano; cel. Honorato Pradel, comandante da guarnição militar de Santos, São Vicente, Guarujá; dr. Inácio da Costa Ferreira, delegado auxiliar da 7ª divisão policial; Henrique Soler, inspetor da Alfândega; Armando Carneiro da Cunha, assistente do inspetor da Alfândega; capitão-de-mar-e-guerra Pitanga de Almeida, capitão dos Portos; dr. José Guimarães Freitas, diretor da Repartição do Saneamento; dr. Hipólito do Rego, presidente do Centro dos Amigos de São Sebastião; Renato de Andrade, representante da diretoria da Associação comercial de Santos; cel. Hellodoro Tenório da Rocha Marques, comandante do 6º BC da força policial; Francisco Paíno, diretor administrativo da Prefeitura; Álvaro Augusto Lopes, secretário do prefeito municipal de Santos; prof. Luís Damasco Pena, delegado regional do Ensino; dr. Guedes Tavares, dr. Elpídio Reali, dr. Francisco José da Nova, delegados de polícia de Santos; com. João Batista de Oliveira, inspetor de Imigração e encarregado do setor de Santos do Departamento de Produção Industrial; Augusto Drumond, guarda-mor da Alfândega; dr. Euclides de Campos, diretor do Forum; Heitor Muniz, presidente da Bolsa Oficial de Café; dr. Eduardo de Solano, chefe da Inspetoria Regional do Trabalho; Luiz Caiafa, presidente da Caixa de Liquidação; Athié Jorge Coury, Velsirio Fontes, além de numerosas outras pessoas, entre as quais se viam senhoras e senhorinhas da nossa alta sociedade.

Dando início à cerimônia, falou o dr. Edgardo Boaventura, prefeito municipal, que agradeceu ao interventor federal a oferta do busto de Antônio Carlos. Disse que naquele santuário "viviam os mais ilustres membros da família andradina" e agora ali se rendia homenagem a Antônio Carlos, cuja personalidade vigorosa e serviços destacados à pátria, Santos e o Brasil jamais esqueceriam.

Seguiu-se com a palavra o professor Pacheco e Silva, que historiou as passagens mais brilhantes da vida de Antônio Carlos, dizendo que com ele convivera como membro da Constituinte de 1933. Referindo-se à sua ação, ao seu patriotismo, postos sobejamente à prova, naquela, como em tantas outras ocasiões, em que a nação tanto necessitava da abnegação e da cooperação dos seus filhos mais ilustres e destacados, pôr em destaque a sua influência na orientação dada à Constituição então elaborada.

Seguiu-se com a palavra o dr. Costa e Silva Sobrinho, prefeito de Guarujá, que pronunciou a seguinte oração:

"O mês passado, quando o dr. Edgardo Boaventura, zeloso e íntegro prefeito municipal, nos convidou para que viéssemos dizer hoje, neste augusto recinto, algumas palavras sobre Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, aceitamos desde logo o honroso encargo, não só porque se buscava em nossa pessoa o presidente do Instituto Histórico e Geográfico desta cidade, senão também porque era mais um agradável ensejo que se nos abria de prestar pública homenagem a um grande vulto da nossa pátria.

Demais, em virtude das pessoas gradas que aqui estariam presentes, uma resposta de maneira declinatória, seria um desprimor, sobretudo porque entre elas viríamos encontrar presidindo a esta solenidade, como verificamos com viva emoção, o eminente sr. interventor federal, embaixador José Carlos de Macedo Soares, a quem desde os nossos primeiros anos juvenis aprendemos a estimar e admirar pelos exemplos edificantes que nos oferecem todos os atos da sua vida, pelo seu alto valor intelectual e moral, pela elegância cativante de seus gestos e mormente pela incomensurabilidade do seu coração - coração em tudo tão igual ao daquele mestre suave e rigoroso, amigo incomparável que a nossa saudade sempre relembra e a nossa gratidão acompanha na morte -, queremos referir-nos ao professor José Eduardo de Macedo Soares.

Confessamos, entretanto, corridos e pesarosos, que o nosso fugidio trabalho não vai corresponder à delicadeza do convite, pois a projeção de Antônio Carlos - homem dos nossos dias, no cenário político nacional, ainda é muito cedo para se avaliar com a devida justiça. Os grandes homens devem ser vistos à distância. Um observador colado à encosta da montanha não vê a montanha.

Nem se diga que poderíamos passar em silêncio esse aspecto de sua vida. Testifica Ludwig que "o político não pode separar-se do homem, do parlamentar, porque entre os sentimentos e os fatos há uma íntima dependência, e a vida pública sempre se alia em consonância indissolúvel à vida privada".

Lancemos, por conseguinte, um rápido olhar sobre a figura de Antônio Carlos. Um olhar tão rápido quanto nos possa permitir a avidez deliciosa em que todos estamos por ouvir a palavra formosa e eloqüente de Pedro Calmon.

Antônio Carlos, como sabem os senhores, era filho do santista de igual nome e neto por linha viril de Martim Francisco, o da Independência. Pertencia sua mãe aos Limas Duartes de Minas Gerais. Nasceu ele a 5 de setembro de 1870 na aprazível e remansada cidadezinha mineira de Barbacena. Não escapou, entretanto, à regra emotiva do benquerer de lugares preeminentes da vida de cada um: a cidade natal, o lugar dos amores, a terra dos avoengos, e também a do próprio domicílio, sentimentos regionalistas que não depreciam nem ferem o amor da pátria, antes o acrisolam, pelo estímulo das disposições afetivas que afervoram e embelezam a existência. Assim, não escondia, punha mesmo todo empenho em proclamar que, no Brasil, motivo do seu amor cívico, contava três berços, três torrões natais, pois a cada um distinguia com o designativo de Minha Terra: Barbacena, Santos e Bagé.

Aos dezessete anos mandaram-no seus pais a estudar Direito na Faculdade de São Paulo. Pertence, destarte, à turma de 1887 a 1891, que numerava de início 113 alunos e foi aumentada durante o curso com mais 28. Quadra exaltada e sonhadora da agitação abolicionista e da campanha republicana. Essa turma, pelo minguado número de estudantes que se salientaram, pouco prometia. Spencer Vampré menciona entre estes apenas José Mendes, Olegário de Almeida, Osório de Aguiar, Enéias Ferraz, Leopoldo de Freitas, Abelardo César, Estevão Magalhães Pinto, Auto Fortes.

Depois, quer na vida profissional, quer no magistério, já na política, já na diplomacia, essa turma sobreluziu, dando Afrânio de Melo Franco, Antonio José de Moraes Barros, Arnolfo Azevedo, Astolfo Rezende, Cândido Mota, Gabriel de Rezende, Gastão de Rezende, Gastão da Câmara Leal, João Maurício Sampaio Viana, Joaquim Alberto Cardoso de Melo, José Ulpiano, Pedro de Castro do Canto Melo, Pedro Moacir, Rafael de Abreu Sampaio Vidal, Reinaldo Porchat, Washington Luiz e vários outros.

Formado, advogou Antonio Carlos em Juiz de Fora durante dez anos seguidos, onde fora também jornalista e professor. Por ali Silva Jardim começou a propaganda republicana. Conta até que, durante a sua conferência, liberais e conservadores aproveitaram a ocasião para se engalfinharem, no que Silva Jardim assistiu meio irônico, declarando por fim, entre o riso dos presentes: "Espero que a Monarquia acabe de brigar, para prosseguir a minha conferência".

A vida política principiou-a Antônio Carlos como secretário das Finanças do Estado de Minas Gerais e prefeito de Belo Horizonte. Nesse tempo, que durou quatro anos, os melhoramentos públicos que fez, e o contato mais freqüente com o povo, contribuíram imenso para aumentar e cimentar o seu prestígio.

Nos cinco anos seguintes, foi senador ao Congresso Legislativo do Estado e prefeito de Juiz de Fora. Como deputado federal, no longo período de 1911 a 1917, ocupou os cargos de presidente da Comissão de Finanças, relator do orçamento e líder da maioria na Câmara.

Em 26 de setembro de 1913, em sessão ordinária presidida pelo conde Afonso Celso, foi proclamado sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Como título para a sua admissão, ofereceu um estudo sobre O ministro da Fazenda da Independência e da Maioridade. Sua ação no Governo e no Parlamento, suas opiniões sobre assuntos de finanças. É uma documentada e conscienciosa monografia sobre a história de nossas finanças, na qual o autor soube realçar, com esplêndido relevo, o talento de Martim Francisco, na sua visão segura, suas idéias básicas no domínio da Ciência das Finanças e sua ação benéfica na administração financeira do País.

Infelizmente, o historiador, que assim se mostrava tão esmerado e primo, deu a público somente dois trabalhos mais: Finanças e Financistas do Brasil e Bancos de Emissão do Brasil.

A preferência, mui saborosa mas fatigante, aos estudos financeiros, demonstrada nessas obras e em um sem-número de discursos, lhe valeu talvez, no derradeiro ano do governo Venceslau Braz, a pasta da Fazenda, na qual continuou com Delfim Moreira, até 25 de julho de 1919.

De novo deputado federal, presidente da Comissão de Finanças, relator de orçamentos e líder da maioria da Câmara de 1920 a 1925. Passa este ano a senador, exercendo na Europa as funções de perito financeiro nomeado pela Sociedade das Nações, e em Londres, de representante do Brasil no Congresso Parlamentar Internacional. Ainda esse ano, de retorno da Europa, é eleito presidente do seu Estado para o quadriênio que findou em 1930.

Augusto de Lima Júnior diz que Antônio Carlos, "por vários aspectos, reabilitou a tradição da inteligência do poder público em Minas".

Sobre a personalidade do presidente e a gênese da sua candidatura, assim se enuncia Passos Maia, médico e senador mineiro, nas suas interessantes Reminiscências, aparecidas em 1933:

"No fim do biênio Melo Viana, o senador João Pio mostrou-me uma carta do dr. Afonso Pena Júnior, pedindo-lhe para insinuar no seio do Congresso o nome do dr. Antônio Carlos para a presidência do Estado. Senti um frio no coração. Aquele homem era inteligente demais. Esses talentos que tangenciam pela fronteira do gênio são perigosos nas culminâncias do poder... O dr. Antônio Carlos era um gentleman, um aristocrata de raça. Oriundo de uma família que ajudara a Independência, credora, portanto, da estima de todos os brasileiros que se orgulham da trindade de Santos, tinha, há muito, conquistado a minha admiração, com a sua brilhante, corajosa e eficiente liderança da presidência Bernardes.

Foi eleito presidente. Ninguém subiu as escadas do Palácio da Liberdade cercado de uma nuvem mais espessa de incenso. Em Juiz de Fora, um septenário de festas brilhantes, e em Belo Horizonte, sua investidura, assistida por toda a alta prelazia do Estado, revestiu-se de um esplendor só comparável à coroação de um rei, ou à recepção de um general romano...

"O novo presidente era um feiticeiro emérito, conquistava todos os corações. A primeira vez que lhe falei, com os braços abertos e aquela maestria consumada em se dirigir aos visitantes, foi logo dizendo: 'Você é o meu homem do Sul de Minas. Entrego-lhe o Sul de Minas. Vigie-o'.

"Como, senhores, sabia ele distribuir as pompas exteriores do valimento! Constituem essas duas linhas um documento biográfico de preciosidade inestimável. Só quem sente a política pode avaliá-lo".

Apóstolo e um dos fautores da Revolução de 30, foi dos mais prestadios cooperadores, dos mais animosos paladinos da Segunda República.

Deputado à Assembléia Constituinte e presidente dessa mesma Assembléia que nos deu a Carta Magna de 1934, soube ele granjear, pelo acume da sua inteligência e pela alta nobreza do trato, a simpatia de todos os congressistas, inclusive da bancada paulista, no início tão prevenida com ele.

No regime então inaugurado foi deputado federal e presidente da Câmara. Nesta qualidade, sendo vice-presidente da República, exerceu a chefia do Governo de maio a junho de 1935, por ocasião da viagem do presidente efetivo às Repúblicas Platinas.

Após o golpe de Estado de 10 de novembro de 37, esfriou no seu entusiasmo e, golpeado pela ingratidão, afastou-se da vida política. Filho das Alterosas, terra jubilada no amor da liberdade, pronunciou ele com profética visão as ruínas do chamado Estado Novo.

O citado Passos Maia, que não tinha a admiração fácil, apesar de cultivar a hipérbole, bosquejou de Antônio Carlos como político um perfil mordaz e picante, onde o emparelha a Machiavel e Mefistófeles. Pendemos a crer haja nisso uma ilusão de perspectiva. Em boa verdade, esse homem cuja herma neste momento se inaugura ao lado das veneráveis cinzas ancestrais, há de ser, por muito tempo, como legítima vergôntea intelectual da ilustre estirpe dos Andradas, desfigurado pela admiração e pelo ódio. Contudo, estamos certos, da sua biografia, os vindouros hão de tirar exemplos para pequenos e grandes - porque foi uma vida que enriqueceu a vida.

Inda há pouco, o nosso querido Hipólito do Rego, que foi representante de São Paulo na Constituinte de 34 e amigo de Antônio Carlos, contava-nos enternecido que uma das grandes aspirações afetivas do inolvidável estadista era rever esta cidade, senti-la em todas as suas vibrações de terra fadada a ter influência decisiva nos destinos da nacionalidade e em todos os principais eventos da sua história. Sim, senti-la como terra dos seus maiores, os quais mereciam a sua enlevada devoção, e por cujos feitos nobremente se envaidecia. Ao ilustre representante paulista ele manifestara mesmo o desejo intenso de passar aqui uma larga temporada.

Mas, como dizia, queria hospedar-se nas proximidades deste Panteão, conviver com estas grandes figuras e reforçar na meditação dos seus feitos memoráveis o seu devotado amor ao Brasil e sobretudo a Santos.

Não permitiu o destino que o insigne brasileiro realizasse em vida essa aspiração cariciosa que tanto o empolgava; mas o gesto altamente simpático e nobilitante do sr. embaixador Macedo Soares, doando-nos este busto para que figure neste templo cívico, realiza agora o anelo do notável brasileiro, que ficará perenemente aqui representado entre os seus gloriosos antepassados, convivendo com eles para o culto da Pátria e da saudade.

O orador seguinte foi o professor Pedro Calmon. O ilustre historiador e brilhante sociólogo proferiu entusiástico e eloqüente improviso, realçando os vastos serviços prestados à Pátria pelos Andradas, detendo-se na análise daquele cuja memória estava sendo tão altamente reverenciada, elogiando calorosamente o culto dos santistas pelos seus gloriosos antepassados e dizendo que o Panteão era um santuário de patriotismo, que o povo de Santos consagrava com grande devoção e civismo.

Disse que felizes eram os Andradas por ali repousarem naquele recanto sagrado, envolvidos pelo misticismo patriótico dos santistas, pelo ardor de seu culto aos consolidadores da nacionalidade, através de todas as fases mais críticas e mais angustiosas da vida nacional.

Por último, em nome dos mineiros e da família Andrada, falou o professor Ildefonso Mascarenhas e Silva, cuja oração foi um hino de reconhecimento e de profunda homenagem à memória de Antônio Carlos, cuja personalidade e cuja obra colocou em destaque condigno com o vulto dos serviços por ele prestados ao País.

Uma companhia do 6º BC da Força Policial prestou honra militar no Panteão, e a banda do Corpo de Bombeiros abrilhantou a cerimônia.

(transcrito de A Tribuna, 26/11/1946, pág. 3).

Entrada do Panteão dos Andradas, em 1972
Foto: A Escolinha, suplemento do Diário Oficial do Município, nº 34, 26/6/1972, Santos/SP

O suplemento A Escolinha, do Diário Oficial do Município, publicado em Santos em 26/6/1972, incluiu estas informações:

O Panteão dos Andradas, construído para guardar as cinzas da ilustre família dos Andradas, fica na Praça Rio Branco ao lado do Convento do Carmo, em terreno vendido pelos padres Carmelitas. O monumento do Patriarca é todo de alabastro, escultura de Rodolfo Bernardelli, muito fiel à figura do homenageado.

As cinzas de Martim Francisco também lá estão, numa artística urna. Uma outra espera as cinzas de Antonio Carlos, que ainda estão no Mosteiro de São Bento, (Rio de Janeiro) porque não foi possível encontrá-las entre as muitas sepulturas sem epitáfio.

Ao lado, numa urna de mármore, estão as cinzas do padre Patrício Manoel de Andrade, também político de nome, que foi membro da chamada Câmara dos Padres, criada em 1829. Cenas de Independência cobrem as paredes, em baixo relevo. Das inscrições em ouro, distinguem-se:

A sã política é filha da moral e da razão (José Bonifácio).
Aos fracos tão somente a morte é dura (Antonio Carlos).
Servidão, fonte de todas as baixezas (Martim Francisco).


Um dos painéis do Panteão se refere à presença de José Bonifácio no acampamento de Niterói (que na época se chamava Praia Grande, no Rio de Janeiro), em janeiro de 1822
Foto: A Escolinha, suplemento do Diário Oficial do Município, nº 34, 26/6/1972, Santos/SP


Monumento funerário de José Bonifácio, o Patriarca da Independência
Foto: A Escolinha, suplemento do Diário Oficial do Município, nº 34, 26/6/1972, Santos/SP