Imagem: bico-de-pena de Ribs, publicado com a matéria
Osório veio a Santos em 1877
Em todos os tempos, o povo de Santos sempre soube
aplaudir e homenagear os homens que, na política, nas armas, na administração pública, na literatura, enfim, em todos os campos da atividade humana,
tanto se destacaram e evidenciaram, servindo o Brasil e os brasileiros.
O legendário Osório, após a intimorata campanha do Paraguai, também sentiu as
manifestações de apreço e fraternidade dos santistas. Foi a 29 de novembro de 1877 que o gênio heróico dos combates permaneceu quase todo o dia na
Cidade, vindo da Corte, passageiro do vapor Rio de Janeiro.
Desde o desembarque até o banquete no Grêmio Bavard, que lhe foi oferecido pelo alto
comércio, o herói da guerra do Paraguai experimentou as mais carinhosas expressões de benquerença do povo santista.
Deixando o cais, onde tocou uma banda de música e o povo o recepcionou, Osório
dirigiu-se para o Convento do Carmo, em visita ao túmulo de José Bonifácio. Do Hotel Brasil foi para a sede do Grêmio Bavard, onde teve lugar o
lauto almoço, do qual participaram as grandes figuras da política de Santos e do Estado.
Saudado em nome de Santos pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Alexandre
Augusto Martins Rodrigues, o ilustre homenageado pronunciou longo discurso, em que pôs em destaque a atuação do 7º Batalhão, organizado e equipado
pelo presidente da Província de São Paulo e no qual haviam pelejado vários santistas; particularizou sua estima pela Província de São Paulo e
encerrou sua oração com inflamado hino de louvor aos voluntários paulistas.
Terminado o almoço, Osório e sua comitiva seguiram para bordo do Rio de Janeiro,
empreendendo viagem de regresso, quando mais uma vez se fizeram vibrantes as manifestações de aplauso do povo ao ilustre militar. |