Novos tempos, novos formatos. Sessões de cinema para pessoas com transtorno do espectro (Cine Azul) Jornal A Tribuna, 27/10/2023, página C-2
2023 a ...* – Cine Azul, “uma sessão inclusiva com redução de estímulos sensoriais, para pessoas com transtorno do espectro autista curtirem junto com suas famílias um momento aconchegante. Movimentação livre, iluminação regulada, clima agradável, som baixo. Todo último sábado do mês”, em cinemas selecionados de Santos.
Quem conheceu o Cinema Lennonlandia? Em 2024, passou de temporariamente para definitivamente fechado
Google Maps/Street View, acesso: 11/4/2024
...c.2023 – Cinema Lennonlandia – Rua Maranhão, 48, José Menino, "fechado temporariamente" e depois "definitivamente", conforme informações do Google Street View, respectivamente em 2023 e 2024. Não foram encontradas outras referências nas publicações disponíveis.
Projeto do Cine Comunidade Santos será também levado a municípios vizinhos como Cubatão e São Vicente Foto: Nice Gonçalvez, publicada com a matéria do Jornal da Orla de 2/9/2024
8/9/2024 a ...* – Retomado o projeto Cine Comunidade Santos, que havia anteriormente funcionado de 2011 a 2017. Segundo nota na versão digital do Jornal da Orla, no dia 2/9, "o Instituto Cinezen Cultural, mesmo criador do Santos Film Fest, retorna o Projeto Cine Comunidade Santos, após sete anos. A partir do próximo domingo (8), o público poderá assistir diversos filmes, ao todo serão 30 exibições, sendo 15 sessões duplas. O projeto percorrerá diversos pontos da cidade, e o escolhido para inaugurar a edição será a Concha Acústica, com entrada gratuita".
"O filme exibido na sessão de inauguração será O Garoto (1921), estrelado por Charlie Chaplin com exibição a partir de 17 h. A trilha sonora ao vivo será por conta do maestro Mário Tirolli com seu trio. O público se acomodará por ordem de chegada e terá direito a pipoca gratuita.
A matéria continua: "Após a inauguração na Concha Acústica, escolas, ONGs e centros culturais da área insular e continental receberão as exibições. O projeto é contemplado pela Lei Paulo Gustavo, política pública criada no período pandêmico, servindo de apoio para projetos culturais e artísticos. (...)
"Não é a primeira vez que a Concha Acústica recebe eventos do Instituto Cinezen Cultural; em junho deste ano, o Santos Film Fest trouxe duas sessões de longa metragem, também com trilha sonora ao vivo, sendo [exibidos os] filmes Karatê Kid (1984) e Tempos Modernos (1936)."
Depois da Concha Acústica, o projeto Cine Comunidade estava sendo levado para o bairro do Marapé, em instalações na Rua Napoleão Laureano, 89, com duas sessões no Núcleo Marapé, em 18/10/2024 Foto: divulgação, publicada com a matéria de Lucas Vasques no jornal digital Folha Santista de 15/10/2024
Criado pelo crítico de cinema e produtor cultural André Azenha, o Cine Comunidade realizou, de 2011 a 2017, 102 sessões gratuitas, atingindo um total de aproximadamente seis mil espectadores, em 37 locais de Santos, como a Cinemateca de Santos, escolas, bibliotecas e centros comunitários, o Instituto Arte no Dique, a Associação Projeto Tia Egle, a Casa do Sol e a Ação de Recuperação Social do Saboó. Nesta segunda fase, o objetivo é alcançar quatro mil espectadores.
Centro Temático de Cinema de Santos, em anexo do Mercado Municipal, tem 65% das obras concluídas Foto: Raimundo Rosa/Prefeitura Municipal de Santos
29/10/2024 a ...* – Prefeitura informa que prosseguem as obras do Centro Temático de Cinema de Santos: "Reconhecida pela Unesco como uma das oito cidades criativas no mundo do cinema, Santos terá quase 1 mil m² voltados para o setor. O Centro Temático de Cinema de Santos, em implantação no anexo do Mercado Municipal para incentivar a arte local, já tem 65% do cronograma executado, com obra civil com previsão de término em dezembro.
"(...) O Centro contará com a escola pública de Cinema que oferecerá formação continuada e oficinas das mais variadas temáticas cinematográficas tanto a profissionais do audiovisual quanto a qualquer pessoa que se interesse pela área. Terá também um estúdio público, que vai atender à própria escola e à demanda de produções regionais, nacionais e, caso haja interessados, até mesmo internacionais.
"ESPAÇO COM TRÊS PAVIMENTOS - O projeto envolve a conservação da edificação do anexo do Mercado, com implantação de um equipamento composto por térreo, 1º e 2º pavimentos. O térreo, área com 472,7 m², terá recepção, sala de cinema com capacidade para 70 pessoas, café com estar, e sanitários públicos e acessíveis. O primeiro pavimento (175 m²) está destinado a abrigar a sala de projeção, o almoxarifado, a Midiateca (acervo de filmes, gravações etc.), uma sala de reunião, e três salas administrativas, além de sanitários. Já o segundo pavimento terá uma sala de aula para 21 alunos, estúdio de áudio, duas salas de produção, uma ilha de edição, copa e sanitários (incluindo os acessíveis). Todo o segundo pavimento soma 300 m²".
Segundo a Prefeitura, nesse local "os fechamentos em alvenaria foram finalizados e a obra avança com fechamentos em drywall" Foto: Raimundo Rosa/Prefeitura Municipal de Santos
Hoje a... – Esta história não tem fim. Pode ser contada por outros meios, com outros formatos, novas terminologias, mas enquanto persistir a "magia do cinema", esta cronologia prosseguirá.
Notas (metodologia):
As datas de início e fim dos estabelecimentos foram sempre buscadas preferencialmente em jornais e revistas da época, sendo em alguns casos completadas com referências publicadas mais recentemente e sem a mesma precisão. É comum não haver comunicação do encerramento das atividades, que nesses casos foi deduzido a partir da última divulgação encontrada. Cinemas tratados em outras partes do livro e deste site tiveram verbetes mínimos nesta cronologia, geralmente complementados por um [[Mais...]] que remete a outras páginas.
As reticências podem indicar intervalo não documentado entre duas datas informadas ou ausência de uma delas. Se acompanhadas de asterisco (...*), significam que o cinema consta como em atividade até a atualização mais recente das páginas. A abreviação [c.] (cerca de) indica data aproximada, quando o lapso de tempo foi pequeno. Se esse período for de muitos anos, optou-se por colocar as reticências. Os autores esperam que, com novas publicações sendo tornadas disponíveis para pesquisa pública, principalmente no meio digital, se torne possível aperfeiçoar esta cronologia.
Quanto à escolha dos verbetes, ficou entendido que qualquer classificação que se intentasse fazer sobre essa atividade seria subjetiva e restritiva, ou os rótulos aplicados não "colariam bem" nos exemplos. A cinematografia santista evoluiu de inúmeros modos e essa diversidade é que torna rica esta história, desde os primitivos projetores de "vistas", animadas ou não, com ou sem som original, que despertaram o interesse santista pela novidade, até as sofisticadas instalações especialmente construídas para receber milhares de espectadores numa única sessão.
Desde o bar e a choperia que atraíam a clientela com filmes seriados e entrada gratuita, desde que consumissem suas bebidas, passando por cinemas com bares internos e áreas separadas para fumantes, até as redes que vendem baldes de pipoca e refrigerantes, proíbem que se leve alimentos de casa, colocam à venda bonecos, enfeites e outros produtos relacionados com a temática dos filmes, sendo estes quase um pretexto para chamar a clientela, o que é cinema?
Durando alguns dias, algumas semanas, ou décadas, funcionando em clubes com acesso apenas para os associados, agremiações sindicais ou políticas, ou abertos ao público em geral, ou ainda os destinados literalmente a um público cativo, cumprem seu papel como pontos de exibição de imagens em uma sequência, ainda que projetadas numa parede. Também não resulta frutífero classificar os responsáveis pelos cinemas como nacionais ou estrangeiros, ambos coexistiram e até se juntaram ou trocaram de posição. Outros estavam claramente a serviço de seus países de origem. Ambos deram a sua contribuição, cada qual ao seu modo.
Em telas simples ao ar livre ou em salas com teto basculante, drive-ins, em palcos também usados como teatros e apresentações circenses, ou para solenidades e formaturas escolares, nos jardins dos hotéis e centros de diversões, em ônibus ou caminhões, com entrada direta pela rua ou como chamariz de público nos modernos centros de compras, educativos ou não, gratuitos ou não, todos têm uma atividade em comum, seja ela principal ou acessória: projetar filmes. Ou melhor: imagens, pois os modernos "filmes" chegam pelas conexões da Internet e podem ser transmissões ao vivo de espetáculos artísticos ou esportivos. Até mesmo shows da entrega do Oscar para as melhores produções cinematográficas.
Então, esta lista - que não é completa nem definitiva, pois as pesquisas continuam - só tem como limitadores os casos em que não existem registros publicados em jornais e revistas, pois é neles baseada para estabelecer datas e locais. Vem daí, aliás, a insistência em citar datas e prová-las documentalmente, para que esta cronologia possa ser confirmada em futuras pesquisas que permitam aprofundar o conhecimento da História regional.
Assim, não prevê incluir aqui as projeções residenciais de imagens para as próprias famílias ou aqueles lençóis que as crianças armavam no quintal à noite, para exibição de sombras em movimento à luz de velas, ou ainda aquelas fitas de papel passadas rapidamente por um visor improvisado, dando uma primitiva ilusão de movimento que, no início do século XX, encantava os nossos bisavós-meninos. Isto também é cinema, mas não é documentado a não ser por relatos testemunhais, então este filme não há como passar aqui.... |