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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Famosos relógios públicos da cidade (IV-c)

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Quem hoje tem a hora exata a um toque no telefone celular e vive cercado de meios de obter essa informação mal imagina como, em tempos idos, uma torre com relógio, os sinos de uma igreja dobrando nas chamadas horas canônicas, a sirene apitando para chamar os trabalhadores, tinham significação extraordinária para a população de uma cidade que mal contava com sistemas de telefonia razoáveis.

Mesmo assim, um antigo relógio, situado num dos pontos de maior visibilidade - a praia do Gonzaga - quase sumiu na memória dos santistas, que no século XXI só conservavam a lembrança dele por aparecer num cartão postal, nada mais. Novo Milênio investigou a partir dessa informação mínima, topando na Internet com fotos de um relógio semelhante existente na capital paulista, daí chegando ao filho do construtor, que possuía alguns recortes de jornais não datados.

Com alguma dedução, foi possível a partir desses fragmentos de informação localizar o original de uma das matérias recortadas e assim estabelecer a data da inauguração do relógio, aliás a mesma da fonte luminosa Nove de Julho: 9 de julho de 1936 (curiosamente, o jornal local A Tribuna não citou o relógio na matéria sobre a inauguração da fonte). Complementarmente, Novo Milênio obteve imagens de um relógio semelhante que também existiu no Guarujá. Essa é a história que se conta agora:

Em busca do relógio do cartão postal (parte 3-final)

Carlos Pimentel Mendes

IV - Informações complementares

No contato direto com Mário Montini de Nichile, filho do construtor dos relógios, este enviou ainda alguns documentos complementares, como o que cita uma viagem de seu pai com a intenção de instalar um relógio no Rio de Janeiro (não há indicação conclusiva de que tais relógios tenham sido instalados):


Imagem: reprodução de matéria em jornal não identificado

Também enviou a Novo Milênio cópia de seu álbum com o recorte de O Estado de São Paulo de 9 de fevereiro de 1935, apresentando uma crônica de Guilherme de Almeida, o Príncipe dos Poetas, sobre o relógio da praça paulistana Antônio Prado:


Imagem: reprodução de matéria de O Estado de São Paulo, 9/2/1935, e foto de 21/7/1990

Igualmente de seu álbum de recortes, este do Diário Oficial do Município de São Paulo, de 16 de julho de 1992 (pág. 37), em que foi tombado o último relógio remanescente, da Praça Antônio Prado, a bem do patrimônio cultural de interesse histórico e tecnológico da cidade.


Imagem: reprodução de matéria do Diário Oficial do Município de São Paulo, de 16/7/1992, pág. 37

Na correspondência eletrônica com Novo Milênio, Mário Níchile enviou duas imagens do relógio implantado na Praia de Pitangueiras, no Guarujá:


Imagem enviada a Novo Milênio por Mário de Níchile, em julho de 2011


Imagem enviada a Novo Milênio por Mário de Níchile, em julho de 2011

E Novo Milênio lhe transmitiu material sobre os relógios paulistanos, que encontrou nas pesquisas. Como a primeira página da Folha da Noite, de 23 de agosto de 1933, que anunciava: "Vão ser instalados novos relógios públicos nas Praças da Sé, Ramos de Azevedo e S. Bento":


Imagem: reprodução parcial da primeira página do jornal paulistano Folha da Noite de 23/8/1933


Imagem reproduzida da primeira página do jornal paulistano Folha da Noite de 23/8/1933

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