Este cartão postal produzido no final da década de 1940 permite diversas leituras. A foto foi tomada desde o Morro Santa Terezinha, tendo ao fundo a
Ponta da Praia, e a imagem é cortada na diagonal pelo traçado sinuoso da ferrovia
Santos-Juquiá, vista em seu cruzamento com o canal 1 (Avenida Pinheiro Machado), tendo portanto no primeiro plano o bairro do Marapé e ao centro o Campo Grande:
Imagem: acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa
No canto inferior esquerdo do postal, este pormenor identifica ao centro a Praça Portinari, no cruzamento da Avenida Pinheiro Machado com a Rua João Caetano e o canal da
Avenida Moura Ribeiro. A praça se formou em razão de um "balão de retorno" dos bondes santistas, criado numa época em que eles não cruzavam a estrada de ferro, por razões técnicas depois resolvidas (note-se que os trilhos do bonde prosseguem em
direção à direita, pela avenida, até a praia):
Detalhe de imagem do acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa
Nesta outra ampliação do postal, o casario nas duas margens da ferrovia e da Avenida Pinheiro Machado, destacando-se ainda a intensa arborização:
Detalhe de imagem do acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa
...arborização que logo diminuiria consideravelmente, com o crescimento do cinturão de concreto formado pelos edifícios que tomaram a orla da praia em toda a sua extensão na segunda metade do
século XX, e no século XXI avançam pelo centro da ilha. No primeiro plano, a igreja da Pompéia:
Detalhe de imagem do acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa
Cerca de 1950, uma vista das praias santistas desde o Morro Santa Terezinha, destacando-se a rápida expansão imobiliária:
Imagem: acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa
Alguns anos depois, possivelmente cerca de 1955, outra vista das praias, notando-se a proliferação de grandes anúncios nos morros do Guarujá voltados
para Santos, em cartão postal enviado para New Bedford, no estado norte-americano de Massachusetts:
Imagem: acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa
Essas imagens podem aliás ser comparadas com outras, obtidas em anos seguintes do mesmo local, para se constatar esse crescimento construtivo, em 1968, em
1969 e em 2007. |