A qualidade do café santista (resultante da mistura nos armazéns locais de grãos selecionados dos tipos arábica e robusta) e o fato de ser um dos
principais portos exportadores do produto, com amplos sistemas de classificação do produto, determinou a criação do Café Tipo Santos, assim negociado em lugares como a Bolsa de New York:
Imagem: reprodução da enciclopédia Nosso Século, Ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1980, vol. 4
Devido à intensidade dos negócios com o produto, era grande o movimento de comerciantes e exportadores na Bolsa Oficial do Café de Santos:
Imagem: reprodução da enciclopédia Nosso Século, Ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1980, vol. 4
Neste postal de cerca de 1925, a Bolsa de Café de Santos, então recém-inaugurada, no auge das atividades cafeeiras que perduraria
até 1929, quando ocorreria no mundo a Grande Depressão Econômica e em Santos começaria a queima dos estoques de café:
Foto: reprodução de cartão postal de João Emílio Gerodetti e Carlos Cornejo, no livro
Lembranças de São Paulo - imagem incluída no Calendário 2002 da Gráfica Guarani, de Santos/SP
A mesma imagem, em cartão postal colorizado de 1926:
Foto: Acervo José Carlos Silvares/Santos Ontem
Este cartão-postal de 1926 (edição Cesar Matheus, originais Colombo, Francesconi e Ceppo) mostra o magnífico salão dos pregões da Bolsa de Café, numa época em que a atividade cafeeira era
intensa, com ligação direta com a Bolsa de Nova York. No fundo, o grande painel de Benedicto Calixto e suas duas telas laterais:
Foto: Acervo José Carlos Silvares/Santos Ontem
O café chegado em ferrovias ou procedente dos armazéns locais era embarcado nos navios acondicionado em sacas de 60 kg, como nesta imagem do início do
século XX, com o carregamento do produto no cais junto à estação dos compressores hidráulicos da Codesp, vendo-se também os vagões da São Paulo Railway (SPR):
Imagem: reprodução da enciclopédia Nosso Século, Ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1980, vol. 2
O café era levado à Europa em navios como este transatlântico, o Prinz Sigismund, aqui visto recebendo o produto em Santos. Este navio foi construído em 1903 para a armadora
alemã Hamburg-Americanische (Hapag), e desde sua viagem inaugural até 1914 esteve frequentemente no porto santista:
Curiosamente, existe outra versão dessa foto em que os oficiais a bordo, os carregadores de café e o fiscal de costas estão exatamente na mesma posição, mas não aparecem os dois
homens conversando no cais junto à rampa do navio, como se tivessem sido suprimidos por retoque fotográfico.
Ao mesmo tempo, essa outra imagem, abaixo, mostra na extrema direita inferior um trabalhador andando para dentro do armazém portuário, encobrindo parcialmente o outro que aparece ao
fundo, no mesmo espaço em que a imagem acima apenas mostra um trecho do chão do cais. Ou seja, as duas versões da foto foram retocadas em algum momento...
Foto publicada em 1997 por José Carlos Rossini no livro Rota de Ouro e Prata, pág. 105
Em 1962, uma revista publicada pela Companhia Docas de Santos (CDS) mostrava como era feito o embarque de café para o mercado europeu, com as sacas içadas por meio de lingadas:
"CAFÉ: SÍMBOLO DA GRANDEZA DE UM ESTADO E ALAVANCA PROPULSORA DE UMA NAÇÃO - Tem sido o café o esteio do Brasil. Pelo porto de Santos é ele embarcado para os mais diferentes países. Apesar de
política nefasta, continua o café sendo o fornecedor de divisas para a nação. Santos é o maior centro cafeeiro do mundo. - Vemos, no clichê, um embarque da preciosa rubiácea":
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 28/11/2014
Mesmo com o avanço da conteinerização das cargas, no final da década de 1980/90 eram comuns na margem direita do porto santista os embarques de café em sacas na
forma de lingadas, como esta:
Foto: arquivo do editor de Novo Milênio
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