Sintra, em Portugal
Foto:
blogue Pathell, "Petição para
salvar árvores em Sintra"
CAMPO NEUTRO
Nova Cintra, o Monte Sagrado
Valdir Nahora
(*)
O morro da Nova Cintra
traduz o sol, é o Monte Sagrado, a Serra da Lua. É que seu nome vem em homenagem à
Vila de Sintra, em
Portugal, que tem mais de dois mil anos e que tem seu nome associado a estes dons da natureza, na sua origem. O morro da Nova Cintra merece ter
seu dia, o que propomos aqui, por reunir toda essa poesia, como aquele Patrimônio Cultural da Unesco europeu - que poderia ser nossa cidade irmã,
como a região que apresentamos agora.
É, nosso morro da Nova Cintra se escreve assim com "C", ao contrário do original
Sintra português, com "S". Esta vila lusa foi fundada no ano de 1154 e seu feriado municipal é no dia 29 de junho, o dia que vamos adotar. A vila de
Sintra portuguesa tem tudo a ver com o morro de Nova Cintra santista, este também uma elevação, embora não tão alta como a vil portuguesa.
Com uma população aproximada de sete mil pessoas, segundo o IBGE, a Nova Cintra
santista é uma referência entre os morros da cidade, já que existe uma concentração grande de comércio variado que atende a todos.
A nossa Cintra não tem castelos nem palácios, mas apresenta, também, um dos principais
pontos turísticos e de lazer do município: a Lagoa da Saudade, que foi reurbanizada recentemente e recebeu toneladas de
carpas para pesca gratuita e a instalação de decks de pesca.
É lá que fica a Vila Progresso, hoje um bairro próprio, o
local mais alto da cidade. De acordo com a publicação "Morros - sua Toponímia" - um dos capítuos de sua Cartilha da História de Santos,
editada em 1980 e impressa na gráfica da Prodesan, editada no saite Novo Milênio, o primitivo nome do morro foi
Tachinho, atribuído por seus moradores, quase todos chacareiros portugueses - que o teriam adotado de um arrabalde montanhoso, semelhante ao de sua
terra, como Sintra.
Quem lhe deu o nome atual - afirma-se - foi o cidadão português
Luís de Matos, que se tornou figura de evidência na Cidade e um dos líderes, se não o líder, da colônia lusa.
Vice-cônsul, que chegou a ser, de Portugal, era homem de cultura, capitalista e de idéias adiantadas. Foi o codificador do
Racionalismo Cristão, movimento religioso que se criou em Santos e hoje difundido em algumas partes do mundo.
Sintra, assim, com "S", é uma vila portuguesa no
Distrito de Lisboa, na região de Lisboa, sub-região da Grande Lisboa e na Área Metropolitana de Lisboa. Tem mais de dois mil anos: ainda na
época do Império, César concedeu o estatuto de Município Romano a Sintra, cerca de 50 Antes de Cristo. Logo, terá 2.060 anos. A Área Metropolitana
de Lisboa é uma região que engloba 18 municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal. É o maior centro populacional do país, com 2.675.000
habitantes (2006), cerca de 25% da população portuguesa e 3% do território nacional português (...)
A Sintra portuguesa é uma unidade cultural que tem permanecido intacta em um conjunto
de palácios e parques; de casas senhoriais e respectivos hortos e bosques; de palacetes e chalés inseridos no meio de uma exuberante vegetação.
Também é um conjunto de conventos de meditação entre penhascos, bosques e fontes; de
igrejas, capelas e ermidas, pólos seculares de fé e de arte; enfim, uma unidade cultural intacta em um conjunto de vestígios arqueológicos que
apontam para ocupações várias vezes milenárias.
A ocupação do morro santista da Nova Cintra remonta ao início da colonização
portuguesa, quando da passagem de Martim Afonso de Sousa pela região. João dos Passos, um dos integrantes da esquadra
lusa, teria se interessado então por criar um núcleo agrícola no planalto existente no topo do morro.
Com uma lagoa e uma cachoeira, a nossa Nova Cintra oferecia condições extremamente
propícias para o plantio. Mudas de cana-de-açúcar foram trazidas da Ilha da Madeira, e o próprio Martim Afonso de Sousa teria organizado a
construção de um engenho d'água no local, com uma capela dedicada a São Jorge - o Engenho dos Erasmos, cujas ruínas ainda
existem até hoje, a Oeste do morro.
(*)
Valdir Nahora (PSB) é vereador em Santos
Palácio de Queluz, em Queluz, concelho de
Sintra, Portugal
Foto: blogue
Imaginação Ativa
Paisagens de Sintra, Portugal
Fotos: Internet, diversos sites |