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Edição 153 - AGO/2006
EDITORIAL

O meu candidato

Luiz Carlos Ferraz

Muitas pessoas têm que perguntado, nesses dias tenebrosos de agosto, em quem votarei nas próximas eleições. Não costumo revelar, mas dou pistas. Em vez de citar nomes, por exemplo, enumero condutas; em vez de nomear partidos, defendo coerência com a ideologia programática; deixando ao interlocutor a tarefa de ajustar eventuais receitas aos homens e siglas disponíveis no deficiente espectro político nacional.

Não será fácil. De modo geral, a ocupação dos cargos executivos e legislativos deverá ser feita por pessoas sem vícios. É o bastante. Estarão, assim, comprometidas com os princípios exigidos daqueles que se dispõem a lidar com a coisa pública. É pouco dizer que a Presidência tem que ser ocupada por um estadista. Não existe, ou pelo menos não o reconheço, no Brasil atual.

Para o Senado, o perfil aponta, constitucionalmente, alguém que defenderá os interesses do Estado que representa, acima mesmo dos interesses de seu partido, com a missão, entre outras, de processar e julgar o presidente da República nos crimes de responsabilidade. Difícil.

Pela importância nacional, o governo do Estado de São Paulo merece alguém preparado, com experiência e disposição de enfrentar gigantescos problemas deste momento, despreocupado, naturalmente, em transformar o cargo em trampolim. Quem?

Para representar o povo na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, os recentes episódios revelaram a corrupção como prática normal nessas Casas, seja por ação ou por omissão, o que indica a necessidade de uma ampla renovação, com o repúdio de todos, absolutamente todos, que têm o cinismo de buscar a reeleição. A escolha deve recair sobre os novos. E há gente boa à disposição.

Um lembrete: eleitor da Baixada Santista deve votar em candidato da Baixada Santista.