Cidade
Prefeitos querem
mudar regras dos precatórios
Os prefeitos
da Região Metropolitana da Baixada Santista estão propondo
mudanças nas regras de pagamentos de precatórios e para isso
pretendem obter apoio no Congresso Nacional. Um movimento nesse sentido
começou a ser articulado na reunião do Conselho de Desenvolvimento
da Baixada Santista (Condesb) em 8/2005, em Guarujá. Participaram
do encontro os prefeitos Farid Madi, de Guarujá, Artur Parada Prócida,
de Mongaguá, Clermont Castor, Cubatão, João Paulo
Tavares Papa, de Santos, Alberto Mourão, de Praia Grande, Lairton
Goulart, de Bertioga, e Ruy Santos, vice-prefeito e prefeito em exercício
de Itanhaém.
Para Clermont, a questão dos
precatórios pode ser considerada "caso de polícia", devido
ao grande número de distorções existentes, tanto nos
cálculos das dívidas dos Municípios, como na origem
desses débitos. Ele contou que Cubatão está devendo
mais de R$ 100 milhões de precatórios ilegais, referentes
a desapropriações de áreas de Marinha. Por causa de
uma dessas desapropriações, a da Ilha do Tatu, no Jardim
Casqueiro, a Prefeitura teve seqüestrados mais de R$ 20 milhões,
em 2003.
Guarujá também é
penalizada pela questão de precatórios. No encontro, foi
divulgado estudo elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento, no
qual se demonstra que da dívida total da cidade, da ordem de R$
700 milhões, R$ 400 milhões referem-se a precatórios.
Deste total, somente nos primeiros meses de 2005, R$ 12 milhões
foram seqüestrados, sendo R$ 7 milhões da área da Educação.
Ao revelar que a dívida ativa
acumulada de Guarujá beira R$ 800 milhões, o vice-prefeito
Tucunduva Neto, também secretário de Assuntos Jurídicos
de Guarujá, defendeu que, no Congresso Nacional, os prefeitos peçam
uma emenda constitucional que condicione o pagamento dos tributos ao recebimento,
pelas Prefeituras, de suas dívidas ativas. |