Opinião
Comunidades
jurídicas estreitam laços
Alberto Murray Neto (*)
Em outubro
realizou-se em Lisboa o I Encontro Luso-Brasileiro de Escritórios
de Advocacia. O evento foi uma iniciativa do Ministério das Relações
Exteriores e do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados, inserido
no contexto da Missão Empresarial a Portugal, liderada pelo vice-presidente
da República, José Alencar.
Mais
de 100 sociedades de advogados e aproximadamente 300 profissionais do Direito
estiveram presentes. Durante um dia, vários temas relevantes foram
amplamente debatidos, com destaque para: a advocacia moderna praticada
pelas sociedades de advogados, a invasão do campo profissional e
a livre concorrência; o papel das sociedades de advogados na facilitação
do comércio internacional e a remoção de barreiras
ao comércio exterior, bem como a aplicação de acordos
bilaterais entre blocos comerciais; perspectivas das Parcerias Público-Privadas
como fator de incremento das relações empresariais luso-brasileiras;
e a colaboração entre as sociedades de advogados brasileiras
e portuguesas. O encerramento das sessões foi feito pelo vice José
Alencar.
Vários advogados brasileiros
e portugueses estiveram entre os palestrantes e debatedores. Dada a importância
da realização, o Escritório Paulo Roberto Murray Advogados
esteve representado por mim e pelos profissionais Paulo Roberto Murray
e Patrícia Goldberg. O dr. Paulo Roberto foi um dos debatedores
no painel que tratou "do papel das sociedades de advogados na facilitação
do comércio internacional, remoção de barreiras ao
comércio exterior, aplicação dos acordos bilaterais
e a relação entre os blocos comerciais".
Dentre os advogados portugueses,
destaque para a palestra proferida pelo dr. Jaime Medeiros, do Escritório
Coelho Ribeiro e Associados, que tratou com brilhantismo o tema da prática
da advocacia moderna, a invasão do campo profissional e a livre
concorrência. É de se notar que a invasão do campo
profissional é um dos problemas mais sérios enfrentados pelos
advogados, em todas as partes do mundo.
De certo, esse encontro entre colegas
brasileiros e portugueses foi um marco na advocacia de ambos os países.
Como se já não bastassem as afinidades culturais que unem
Brasil e Portugal, foi possível observar que as classes jurídicas
de ambos, atuando juntas, poderão avançar mais rapidamente
para poder superar seus problemas (comuns em muitos aspectos), com o intuito
de proporcionar serviços jurídicos de qualidade cada vez
maior a seus clientes, sobretudo àqueles que intencionam levar fluxos
de capitais (investimentos) além de suas fronteiras, gerando novos
empregos e aumentando a arrecadação tributária dos
respectivos Estados.
(*) Alberto
Murray Neto é advogado, sócio de Paulo Roberto Murray Advogados.
Alberto:
encontro foi marco na advocacia de Brasil e Portugal Foto: PR Murray
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