Editorial
Em busca de
Educação
Luiz Carlos Ferraz
Não
vivi o tempo em que Santos era capital da prosperidade e oferecia múltiplas
oportunidades de se vencer na vida, conforme relatam os antigos, em contraponto
à situação atual, na qual os contingentes de bacharéis
lançados ao mercado são obrigados a buscar trabalho na Capital,
em regiões mais desenvolvidas no interior de São Paulo ou
em outros Estados, ou ainda se submeter ao subemprego - isto, é
claro, quando não se transformam em índice de desemprego.
Nas últimas décadas
temos assistido a evasão de jovens, especialmente os talentosos,
consagrando uma realidade que está longe de ser apenas retórica
pré-eleitoral, e que, aliás, em nada será modificada
com a vitória deste ou daquele candidato. A cidade, assim como a
região, continua pobre e teima em oferecer uma Educação
de qualidade e métodos discutíveis.
Assim, enquanto os estabelecimentos
de ensino fingem que ensinam, os estudantes fingem que aprendem, criando
um círculo vicioso. No seio familiar, contudo, há de prevalecer
a indignação, com o incentivo para que o jovem vá
sim, logo na primeira hora, procurar conhecimento em outras plagas. Se
a Universidade regional não se preocupa em investir na produção
científica, melhor é que ele busque formação
em centros de excelência em suas respectivas áreas, pois só
assim estará garantindo condições futuras de competitividade. |