EDITORIAL
Turismo o ano
todo
Luiz Carlos Ferraz
Julho
sinaliza que o Turismo adormeceu nos Municípios da Baixada Santista,
numa clara demonstração do entorpecimento integrado dos órgãos
públicos e privados do segmento. Enquanto os empresários
do setor já esperam a temporada de Verão, as máquinas
municipais estão mais preocupadas em fechar o caixa e de olho nas
eleições de outubro, mandando às favas a costumeira
injeção de recursos no Turismo, que, bem ou mal, serve para
aquecê-lo – afinal, estamos no Inverno –, distraindo os visitantes
que invariavelmente acorrem à região, assim como honrando
o compromisso de proporcionar lazer à população local.
Exemplo dessa sonolência é
dado pela Prefeitura de Santos, ao suspender a edição anual
do Inverno Quente, ainda que, na base do improviso, o evento seja substituído
por outro semelhante – contratado sem licitação pública,
sob o pretexto de que não vai onerar o erário. O evento importa
na medida em que arrecadará dinheiro para o Fundo Social de Solidariedade
e proporcionará a possibilidade de gerar recursos às entidades
assistenciais que farão funcionar o espaço gastronômico.
E para quem considera que Turismo
não é mesmo seara do Poder Público, não adianta
argumentar que melhores são as iniciativas do empresariado. É
irritante a inércia que acomete o pomposo Santos e Região
Convention & Visitors Bureau, conduzido por empresários de vários
segmentos, que pouco realiza, ainda que efetivamente mantido com as contribuições
mensais das Prefeituras das nove cidades da Região Metropolitana. |