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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/01/04 23:32:10
Edição 132 - Jun/2004
EDITORIAL

Turismo o ano todo

Luiz Carlos Ferraz

Julho sinaliza que o Turismo adormeceu nos Municípios da Baixada Santista, numa clara demonstração do entorpecimento integrado dos órgãos públicos e privados do segmento. Enquanto os empresários do setor já esperam a temporada de Verão, as máquinas municipais estão mais preocupadas em fechar o caixa e de olho nas eleições de outubro, mandando às favas a costumeira injeção de recursos no Turismo, que, bem ou mal, serve para aquecê-lo – afinal, estamos no Inverno –, distraindo os visitantes que invariavelmente acorrem à região, assim como honrando o compromisso de proporcionar lazer à população local. 

Exemplo dessa sonolência é dado pela Prefeitura de Santos, ao suspender a edição anual do Inverno Quente, ainda que, na base do improviso, o evento seja substituído por outro semelhante – contratado sem licitação pública, sob o pretexto de que não vai onerar o erário. O evento importa na medida em que arrecadará dinheiro para o Fundo Social de Solidariedade e proporcionará a possibilidade de gerar recursos às entidades assistenciais que farão funcionar o espaço gastronômico. 

E para quem considera que Turismo não é mesmo seara do Poder Público, não adianta argumentar que melhores são as iniciativas do empresariado. É irritante a inércia que acomete o pomposo Santos e Região Convention & Visitors Bureau, conduzido por empresários de vários segmentos, que pouco realiza, ainda que efetivamente mantido com as contribuições mensais das Prefeituras das nove cidades da Região Metropolitana.