Política
Desemprego:
um mal que bate às nossas portas
Luiz Carlos Costa (*)
A crise
econômica que afeta a Baixada Santista traduz a realidade e o desempenho
do mercado de trabalho que estamos enfrentando. O emprego formal tem sido
a alternativa encontrada para a parcela da comunidade que, sem perspectiva,
procura uma alternativa para sobreviver. Dentro deste contexto estão
os desempregados de Cubatão, uma Cidade que apesar de ser definida
como Pólo Industrial, ainda sofre com a carência do mercado
de trabalho e a falta de opções de vagas para o trabalhador.
Luizinho:
ação conjunta para abrir postos de trabalho Foto: Sandra
Netto
Preocupado
com esta dura realidade, enfrentada diariamente pelos trabalhadores, apresentei
requerimento, aprovado em plenário e encaminhado ao Secretário
de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São
Paulo, para que bolsistas de Cubatão sejam contemplados no Programa
Emergencial de Auxílio-Desemprego (PEAD).
Entendemos que a Frente de Trabalho
não é a solução definitiva para um trabalhador
que há meses, ou mesmo anos, procura uma recolocação
no mercado de trabalho. Esta é uma alternativa para aqueles que
estão em situação precária e sem previsão
de iniciar algum trabalho possam equilibrar suas contas mensais e garantir
o sustento da família.
O que mais nos preocupa são
as conseqüências que o desemprego acarreta. O aumento do número
de invasões registradas nos últimos tempos é um exemplo.
Sem ter onde trabalhar e de onde arrecadar dinheiro para se manter, a solução
encontrada pelos chefes de família é invadir uma área,
construir seu barraco e, assim, deixar filhos e esposa de alguma maneira
abrigados. Os índices de violência também não
podem ser esquecidos, pois é outro exemplo desta situação.
Roubar e matar torna-se, infelizmente, para essas pessoas o caminho correto
a ser seguido.
Neste instante questionamos: o que
fazer? Como vereadores não temos o poder de conseguir mais abertura
para criar novas frentes de trabalho. Nossa função, e é
neste sentido que tenho atuado, é conseguir junto aos governos do
Estado e Federal a liberação de verbas para a abertura de
novas vagas. Contamos com a sensibilidade das autoridades para esta realidade.
Números de pesquisas recentes mostram a evolução desta
problemática e o quanto o desemprego influencia na vida das pessoas.
Para contornar este quadro é
essencial a vinda de novos e prometidos investimentos que minimizem os
impactos devastadores que a estagnação econômica provoca.
Por isso que continuamos a brigar pelo Agroporto, pois entendemos que ele
trará na bagagem benefícios a nossos moradores, como a abertura
de vagas para trabalhadores desempregados. Sobre isso, sabemos que necessitará
que nós – enquanto autoridades constituídas para representar
nossa população – briguemos junto às autoridades para
que dêem andamento ao projeto.
Neste 1º de Maio não
temos o que comemorar, apenas nos fortalecermos para que, unidos, possamos
de alguma forma reverter esta triste e preocupante realidade de nossos
trabalhadores, que mais do que cubatenses, são brasileiros!
(*) Luiz Carlos
Costa, o Luizinho, é vereador pelo PSDB e presidente da Câmara
de Cubatão. |