Construção
Alta da Cofins
preocupa setor
A elevação
da alíquota da Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social (Cofins), que entrou em vigor no dia 1º de fevereiro
de 2004, terá um forte impacto nas empresas da construção
civil, com aumento de até 84% nesse tributo, caso dos segmentos
de alvenaria e reboco. A avaliação é do diretor regional
do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado
de São Paulo (SindusCon-SP), João Batista de Azevedo, ao
revelar que a entidade e a Gvconsult elaboram levantamento que demonstra
um aumento médio de 22,5% na construção, equivalente
a cerca de 1,5% do valor adicionado das empresas – soma do valor das construções
executadas e da venda de imóveis concluídos menos custos
dos terrenos e despesas operacionais.
A pesquisa revela que as pequenas
e médias empresas e os segmentos com uso mais intensivo de mão-de-obra
serão os mais penalizados com aumentos maiores no tributo. Nos segmentos
de alvenaria e reboco, por exemplo, a intensidade de mão-de-obra
utilizada é de 42,2%.
O dirigente informou que, além
do impacto em todos os segmentos da construção, a nova alíquota
da Cofins elevará também os valores dos condomínios,
com aumento estimado em cerca de 5%. No caso específico dos condomínios,
a elevação da Cofins será incluída na taxa
condominial dos prédios por força do repasse das empresas
prestadoras de serviços.
O Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT) divulgou pesquisa mostrando que o impacto da nova
alíquota nos preços finais dos produtos cresce de 6,31% para
8,39%, considerando a não-cumulatividade da contribuição.
O estudo, realizado com 91 setores da economia, revela ainda que 65 setores,
ou seja, 71% dos pesquisados, terão aumento efetivo na carga tributária. |