Cidade
Audiência
pública fortalece Museu Pelé
Espera-se agora o licenciamento
ambiental pelo Ibama
O Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
realizou audiência pública, em fevereiro, em Santos, sobre
o Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima)
do projeto de reurbanização da plataforma do Emissário
Submarino e construção do Museu Pelé. O evento reuniu
200 pessoas no auditório da Associação Comercial de
Santos, e, ao final, o empreendimento idealizado pela Prefeitura saiu fortalecido.
Afinal, a conclusão apontada pelo Eia-Rima é que o projeto
se fará de forma ambientalmente sustentável.
Sem citar datas, Orlando Egrega,
da Diretoria de Licenciamento do Ibama, informou que a próxima fase
será a análise da audiência e de todo o material recebido
durante a sua realização. Ele acrescentou que o trabalho
do órgão está ocorrendo dentro do prazo, já
que a partir do registro do protocolo do Eia-Rima, feito pela Prefeitura
em 17 de outubro de 2003, o Ibama tem um ano para se manifestar quanto
à emissão ou não do licenciamento ambiental.
Plataforma
do emissário, em março de 2003 Foto: Divulgação/Secom-PMS
A audiência pública
foi coordenada pela gerente-executiva do Ibama em São Paulo, Analice
Pereira. O prefeito Beto Mansur fez a apresentação do projeto,
que incluiu exibição de vídeo com informações
sobre a obra, além de depoimentos de munícipes.
Na explanação, Mansur
lembrou que a transferência da área obteve permissão
do antigo Serviço de Patrimônio da União (SPU). Houve
também autorização da Câmara. Assim, a Prefeitura
promoveu o processo de licitação e deu início às
obras, paralisadas em março de 2003 por determinação
da Justiça, baseada em ação do Ministério Público
Federal, questionando a falta do Eia-Rima.
Mansur frisou que antes da licitação,
houve consulta ao Ibama sobre a necessidade do estudo, que foi considerado
desnecessário pelo órgão federal. Outro ponto que
destacou foi quanto à propriedade do Museu, que será patrimônio
da Cidade e não do ex-jogador Pelé. O Museu será construído
pela Prefeitura - com recursos públicos - que irá pagar pelo
aluguel do acervo do eterno Rei do Futebol.
Plataforma
do emissário, como ficaria após a conclusão do Museu
Pelé Imagem: Divulgação/Secom-PMS
A apresentação sobre
os pontos analisados pelo Eia-Rima foram expostos por Sérgio Pompéia,
da Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (Fundespa),
entidade ligada à USP. O estudo teve a participação
de 18 profissionais. Entre os principais impactos positivos apontados estão
o incentivo ao turismo nacional e internacional e a melhoria da qualidade
de vida.
O trabalho conclui que não
são observados impactos sobre a estabilidade e o uso da plataforma,
o patrimônio arqueológico, a dinâmica costeira, os ecossistemas
terrestres e aquáticos, a manutenção do sistema de
esgoto e a circulação marítima e transporte de sedimentos.
Já os pontos negativos seriam os chamados impactos de vizinhança:
alterações nas condições de circulação
de veículos, disponibilidade de vagas de estacionamento e geração
de ruídos. O próprio estudo aponta medidas para solução
destes problemas por parte da Prefeitura. |