Política
Câmara
terá sede própria
Com apoio
do prefeito Beto Mansur, o Legislativo santista está prestes a realizar
o antigo sonho de funcionar em prédio próprio. Através
do Decreto nº 4.184/03, assinado em 30/12/2003, Mansur declarou de
utilidade pública para fins de desapropriação o imóvel
localizado na esquina das Ruas D. Pedro II e General Câmara, no Centro
Histórico da cidade. O preço exato a ser pago ainda não
foi definido, já que existem dívidas de IPTU, em torno de
R$ 400 mil, que poderão ser abatidas, mas deve ficar em torno de
R$ 2,5 milhões.
Conforme destacou o presidente da
Casa, vereador Odair Gonzalez (PP), será a primeira sede própria
do Legislativo desde 1795, data em que a História acusa o primeiro
registro oficial, com livros de vereança e o número 1 das
Atas da Câmara. A expectativa é que haja acordo com os proprietários,
evitando-se a via judicial, para que logo comecem as adequações
no local.
Espera-se que até a metade
do ano todos os setores já estejam trabalhando no novo endereço,
pois em maio de 2004 vence o contrato de locação do prédio
da Rua XV de Novembro, 103/109, no valor de R$ 50 mil mensais, onde funcionam
o gabinete dos 21 vereadores e as dependências dos departamentos
Legislativo, Administrativo e de Processamento de Dados; o Gabinete de
Assessoria Técnico-Legislativa (Gatl), e o Plenário Ulysses
Guimarães. Além desses, no novo endereço funcionarão
as dependências da Mesa Diretora e da Presidência, hoje instaladas
no Paço.
A aquisição da sede
será viabilizada graças à economia de recursos do
Legislativo, que no final de 2003 devolveu R$ 1 milhão 230 mil ao
Executivo, que vão se somar aos cerca de R$ 1 milhão e 500
mil previstos no Orçamento de 2004 especificamente para essa finalidade.
Imóvel
declarado de utilidade pública: primeira sede própria desde
1795 Foto: Luiz
Carlos Ferraz
Construção
data de 1927
O imóvel
que servirá de sede própria da Câmara data de 1927,
de propriedade de José da Silva Reis. Em 1930, o prédio passou
por adaptações internas e, em 1985, os proprietários
entraram com solicitação junto à Prefeitura para a
unificação com o imóvel da Rua General Câmara,
30, onde funcionava o Café Adelino, também de propriedade
da família, o que permitiria a ampliação e reforma
do prédio. As obras começaram em 1987, e o projeto manteve
original apenas a fachada de três pavimentos.
No novo projeto, foi construído
mais um pavimento, com a mesma área – cerca de 600 metros quadrados
– dos pavimentos inferiores. Externamente, o prédio do antigo Café
e apenas o quarto pavimento receberam revestimento de tijolos em sua fachada.
Esse mesmo revestimento foi utilizado numa nova construção,
de mais quatro pavimentos, a partir do recuo de 20 metros da Praça
Mauá. Cada um desses pavimentos possui 300 metros quadrados de área. |