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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 11/12/03 23:08:14
Edição 125 - OUT/2003 

Editorial

O alvo da vez

Luiz Carlos Ferraz

Responsáveis pela Segurança Pública, nas formas preventiva e repressiva - ainda que muitas vezes nem todos seus integrantes demonstrem ter esse compromisso -, as Polícias Militar e Civil estão na mira do crime organizado, sofrendo seguidos atentados, sob o olhar atônito da sociedade. 

Aliás, ataques que já eram freqüentes no Rio de Janeiro. Agora, a capital paulista, interior e regiões metropolitanas do Grande ABC e Baixada Santista também vêem as bombas explodirem na sua porta, parecendo não haver mais a quem apelar, na medida em que a ousadia dos criminosos apresenta as polícias como alvo fácil, expondo a fragilidade das instituições e dando a impressão que falta esquema para defender o patrimônio de cada uma e a vida dos respectivos contingentes. Clama-se que o Governo defina uma política nacional de Segurança Pública, pois a tendência é que tais práticas criminosas se alastrem a outros Estados. 

Como modelo de combate à violência, há de se considerar os resultados do polêmico Tolerância Zero, aplicado com sucesso em Nova York, necessitando, todavia, adequá-lo à nossa Constituição Federal, já que, embora mitigue direitos e garantias previstos na Carta - o que deverá exigir a aprovação de uma emenda constitucional -, poderá oferecer tranqüilidade ao cidadão e colocar sob controle a criminalidade no País. 

No mais, é tratar de maneira adequada o pequeno delito, para que o infrator seja desestimulado a praticar crimes maiores; punir com rigor nos casos mais graves; e prestigiar o bom policial, com melhores salários e equipamentos modernos.