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Edição 113 - OUT/2002 

Engenharia

Projetos sintonizados com o tempo

Estabilidade da moeda refletiu na adequação de conceitos

O escritório Passarelli Zonis Arquitetura e Engenharia, de Santos, comemorou em 10/2002 seus 15 anos de atividades, fazendo uma análise positiva sobre a evolução nos projetos elaborados no período. Dirigido pelo engenheiro José Roberto de Arruda Zonis e sua esposa, a arquiteta Maria Cecília Passarelli Zonis, o escritório consagrou-se pela apresentação de projetos bem elaborados, sempre em sintonia com uma leitura social da moderna Arquitetura e Engenharia e destacando uma preocupação constante com a qualidade. Para comemorar a data, os profissionais recepcionaram clientes e amigos para uma churrascada no grill do Tênis Clube de Santos.

A Passarelli Zonis atravessou 15 anos com a realização de diversas edificações, somando mais de 500 mil m² de construção. Os projetos foram executados em parceria com as principais construtoras da região, com a escolha de materiais de primeira linha, sempre de acordo com as exigências de qualidade determinadas pelo perfil do consumidor final. Aliás, na opinião de José Roberto e Maria Cecília, o conceito de qualidade na concepção dos projetos arquitetônicos está ligado ao poder aquisitivo do consumidor.

A arquiteta Maria Cecília e o engenheiro José Roberto: 15 anos de atividades (Foto: Sandra Netto)
Segundo explica a arquiteta, não existe um conceito único de qualidade. “Se o comprador for de classe média, procuramos soluções dentro das possibilidades de uma obra econômica”. Nesse sentido, a estabilidade da moeda nos últimos oito anos democratizou a aquisição de imóveis, seja através de financiamento direto com a construtora ou através de instituição bancária. E, ao mesmo tempo, as dificuldades financeiras atravessadas pelo país obrigaram os profissionais da área a encontrar soluções de redução de custos, tornando-as uma mola propulsora para o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos. “Hoje, é possível manter a qualidade sem gastar mais que o previsto”, afirma Maria Cecília.

No atual momento econômico, os projetos visam a redução do consumo de energia tanto durante o período de execução quanto depois do empreendimento pronto. “Trata-se de um procedimento ético que faz a diferença”, ressalta o engenheiro José Roberto. A preservação ao meio ambiente e a racionalização de materiais e da mão-de-obra também são outras preocupações importantes, pois refletem na redução do desperdício e no compromisso dos profissionais com a qualidade de vida e uma postura politicamente correta.

Conforme destacaram os diretores da Passarelli Zonis, a escassez de terrenos em locais nobres na Baixada Santista também é um problema que está tendo de ser contornado pelos projetistas. Por conta dele, as áreas dos apartamentos ficaram menores e os espaços tiveram que ser adaptados e melhor divididos. “O resultado é que uma tomada elétrica no lugar certo, por exemplo, faz muita diferença. Daí a importância de fazermos a aproximação entre engenharia e arquitetura desde as primeiras linhas do projeto”, esclareceu José Roberto, lembrando que essa é uma particularidade de seu escritório. “As soluções racionais e organizadas nascem a partir dessa combinação”.

O consumidor atual está muito mais presente e exigente do que há alguns anos, concordam José Roberto e Maria Cecília. “Ele sabe o que quer e tem informações para julgar o que é bom. Por este motivo, é importante acompanhar os avanços tecnológicos e as novas pesquisas”, frisa a arquiteta, explicando que os projetos arquitetônicos evoluíram significativamente, modificando a visão dos compradores. Se antes o tamanho era sinônimo de conforto, hoje ele não é imprescindível: “Uma das características das edificações modernas é ter cômodos bem resolvidos. Não medimos mais os apartamentos só pela área, mas sim pelo que cabe dentro dele”.