Especial
Obras
no fundo do mar (I) |
Empreendimentos foram instalados
em Israel e numa ilha artificial em Dubai
Carlos Pimentel Mendes (*)
Sheerazade,
Ali-baba e outros personagens da principal peça da mitologia árabe,
as 1001 Noites, agora têm companhia. Está sendo escrito o
livro 1001 Arab Nights at the Burj Al Arab, para narrar o "incrível
projeto" desse hotel, que além de ser o mais alto do mundo e instalado
em uma ilha artificial, ainda abriga um original restaurante no fundo do
mar. O hotel e o restaurante são parte do complexo Jumeirah Beach
Resort Development, instalado numa ilha artificial em Dubai e controlado
pelo xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum.
E, na cidade israelense de Eilat, há
também um famoso restaurante submarino, o Red Sea Star, parte do
complexo Red Sea Star Underwater Observatory, Restaurant and Bar, que inclui
ainda um bar e um observatório submarino, num investimento global
de US$ 8 milhões. No restaurante, os hóspedes descem por
um elevador até um aquário reverso, com 62 janelões,
em estilo Salvador Dali, pelos quais observam peixes tropicais e corais
vivos para ali transplantados, esponjas, estrelas-do-mar e delfins curiosos.
Hotel – O empreendimento árabe
tem página Web.
Esse hotel de luxo em Dubai tem 202 suítes, três instalações
para alimentação e bebidas, um salão de banquetes
do Health Club, com 5.600 m² e salas de conferências, sendo
desenvolvido pelos arquitetos e engenheiros WS Atkins.
Situado
15 km ao Sul da cidade de Dubai, o hotel Burj Al Arab e o parque aquático
Wild Wadi são parte de uma ilha artificial distante 280 metros da
praia, à qual está ligada por uma via de acesso em curva.
A construção começou em 1994, sobre pilares enterrados
a até 40 metros abaixo do leito subaquático. Com 321 metros
de altura, é mais alto que a da Torre Eiffel e apenas 60 metros
menor que o edifício Empire State, de New York.
O prédio, em formato de um
veleiro, compreende um heliponto no 28º andar e um restaurante panorâmico
semi-suspenso no ar, tornando-se um ícone de referência na
paisagem de Dubai. A fachada que dá a forma ao veleiro foi produzida
em tela dupla de fibra de vidro protegida com Teflon, sendo a primeira
vez que tal tecnologia foi usada verticalmente dessa forma e nessa extensão
em qualquer edifício do mundo. Mantém-se branca durante o
dia e é usada para formar um arco-íris de mostradores iluminados
à noite, "criando um brilhante prólogo para as maravilhas
que esperam o hóspede em seu interior", como explicam os responsáveis
pelo empreendimento.
Todas as unidades para hóspedes
são suítes, sendo 142 Deluxe, 18 panorâmicas e 4 padrão
Club (todas com um quarto), mais 28 suítes com dois quartos, seis
suítes com três quartos, duas suítes presidenciais
e duas suítes reais. Todas têm janelas panorâmicas,
oferecendo ampla vista para o mar, e medem entre 170 e 780 metros quadrados,
sendo equipadas com a mais moderna tecnologia, incluindo computadores laptop
e acesso à Internet. O controle remoto do televisor gerencia inúmeros
serviços e funções, inclusive observar o visitante
que chega e abrir a porta para ele, sem sair da cama.
As duas suítes reais ficam
acima das demais, no 25º andar, com itens especiais de luxo
como elevador e cinema privativos, camas rotativas, salas de encontro arábicas
(denominadas majlis), as mais luxuosas peças decorativas
procedentes de todo o mundo para compor ambientes exclusivos especialmente
criados.
O Burj Al Arab inclui instalações
tecnologicamente avançadas para reuniões e conferências
no 27º andar, em ambiente com terraço externo e decoração
suntuosa que inclui pilares de mármore apoiando um domo dourado
central, com um grande lustre de cristal lapidado ao centro. Complementando
a instalação principal, há diversas suítes
de conferência.
O complexo abriga ainda um clube
Spa & Saúde, o Assawan, no 18º andar, com decoração
extravagante que é uma reminiscência das salas de banho usadas
pelas antigas civilizações do Oriente Médio.
Os restaurantes – Em árabe,
Al Muntaha significa "o máximo, o melhor". No Burj Al Arab, o restaurante
com esse nome pretende superar as expectativas dos hóspedes, suspenso
200 metros acima do Golfo Árabe, oferecendo assim uma vista exclusiva
de Dubai e todo o seu entorno. É acessado por um elevador panorâmico
expresso que se
movimenta a seis metros por segundo, e serve até 140 pessoas simultaneamente,
especializando-se em cozinha mediterrânea. Inclui uma área
especial para coquetéis e bebidas pré e pós-refeição.
O segundo restaurante é o
Al Mahara, um "paraíso das comidas do mar que mergulha no Golfo
Árabe para deliciar seus convidados, tornando os jantares uma experiência
memorável e excitante, após uma viagem submarina de três
minutos a partir do lobby do hotel", como definem os responsáveis
pelo complexo. A área principal do restaurante é cercada
pela variada vida marinha no Golfo, e os clientes podem escolher ainda
uma das três salas de jantar privativas.
E o terceiro restaurante principal
do complexo (existem instalações menores também à
beira da piscina, no átrio e no mezzanino) é o Al Iwan, ao
nível do mar, flanqueado por colunas douradas e adjacente ao lobby
principal, oferecendo aos convidados a hospitalidade árabe, desde
o café da manhã a amplos banquetes. Além da espetacular
vista marítima, conta com decoração que combina objetos
tradicionais de arte para criar um ambiente acolhedor e relaxante.
(*) Carlos
Pimentel Mendes é jornalista, editor do jornal eletrônico
Novo
Milênio.
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