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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 06/15/01 01:40:20
Edição 096 - MAI/2001 

Meio-ambiente

Expectativa na regulamentação 
do gerenciamento 

Afora mais um desastre ecológico patrocinado pela Petrobrás, a Semana do Meio-ambiente deste ano está sendo marcada pelo impasse na regulamentação do Gerenciamento Costeiro de São Paulo, definido pela Lei Estadual nº 10.019/98. A expectativa atinge todos os municípios do Litoral Paulista, especialmente os nove que compõem a metrópole da Baixada Santista, cujas lideranças empresariais continuam reclamando do engessamento da região.

Imagem de satélite do litoral paulista, que será afetado pela regulametnação do gerenciamento costeiro. Imagem: divulgação SMA
Afinal, ao mesmo tempo em que inúmeros projetos encontram-se paralisados na Secretaria do Meio-ambiente do Estado, em face das restrições de ocupação do solo impostas pela legislação atual, a indefinição em se adotar as novas regras (discutidas pelas Prefeituras e a sociedade civil organizada em mais 40 reuniões desde 1998) apenas serve para afugentar investidores e adiar ainda mais o desenvolvimento sustentado da Baixada Santista.

A preocupação voltou a ser manifestada ao secretário estadual do Meio-ambiente, Ricardo Trípoli, durante sua participação, em 5/2001, no 3º Encontro Regional da Indústria Imobiliária, realizado no auditório da Associação Comercial de Santos, pela Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista, Assecob, e o Secovi-SP.

O encontro foi conduzido em tom cordial pelo presidente da Assecob, José Marcelo Ferreira Marques, que, em sua palestra, apresentou gráficos e demonstrou as necessidades de desenvolvimento da Região Metropolitana. 

Em sua exposição, o secretário Ricardo Trípoli detalhou o funcionamento de sua secretaria, falou de parcerias com organismos internacionais, e quanto ao gerenciamento costeiro limitou-se a divulgar a retomada das discussões, a partir do seguinte calendário: até 25/5/2001, ajuste final da minuta do decreto de regulamentação do gerenciamento costeiro, com inclusão das propostas dos demais setores; até 8/6/2001, essa minuta – contendo as observações do Departamento Jurídico da SMA - será apresentada aos integrantes do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista, Condesb (leia reportagem); e até 22/6/2001, será discutida em audiência pública com a sociedade civil organizada. 

Finalmente, segundo a previsão do secretário, o encaminhamento para aprovação do governador Geraldo Alkmin dar-se-á até 29/6/2001.
 

O que é?
O gerenciamento costeiro estabelece índices máximos regionais de ocupação, para cada zona de uso, considerando a legislação municipal, em concordância com as metas de qualidade de vida projetadas.

Trata-se de um instrumento de harmonização com as políticas municipais de desenvolvimento e, segundo a Secretaria do Meio Ambiente, não se configura como intervenção do Estado na autonomia municipal; apenas fixa indicadores máximos para preservação e apropriação de recursos naturais de pleno interesse da comunidade estadual e nacional.

Além disso: estabelece a implantação de um zoneamento ecológico-econômico; estabelece parâmetros e diretrizes para nortear o desenvolvimento da região; e considera a necessidade de preservar e racionalizar a apropriação dos recursos naturais.