Editorial
O futuro da metrópole
Luiz Carlos Ferraz
editor
Definida
a configuração política da Baixada Santista, após
o segundo turno das eleições no Município de Santos,
agora sim, há motivos para serem renovadas as esperanças
quanto à efetiva integração das nove Cidades da Região
Metropolitana. Ou não?
Efetivamente, não é
possível formar a convicção de que os novos integrantes
do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada
Santista, ainda que se considere a ação do tucano Koyu Iha
na direção da Agência Metropolitana, cristalizem a
vontade necessária e suficiente para tornar a metrópole realidade.
Não se trata de ser pessimista.
Pelo contrário, o atual momento político, depois de um processo
eleitoral disputado, recomenda prudência e uma análise pragmática.
Afinal, além de ter servido para potencializar as divergências
ideológicas entre os grupos políticos existentes, o resultado
do último pleito apenas reforça as dificuldades que serão
enfrentadas nos próximos anos, caso prevaleça o perfil egocêntrico
de certos administradores, eleitos e reeleitos.
Que não se criem falsas expectativas.
Entendemos que somente a capacidade de pensar o desenvolvimento integrado
da metrópole, somando poder político em benefício
comum, e estimulando a vocação natural de cada Cidade, será
capaz de gerar riquezas e eliminar os graves problemas sociais enfrentados
na região. |