Editorial
Olho no Olho
Abre-se em julho a temporada de caça
ao voto às eleições municipais, para prefeito, vice-prefeito
e vereador, e nunca é demais alertar ao eleitor que está
chegando o momento de exercitar o seu direito pleno de cidadania, para
dizer positivamente o que quer, e mais que isso, exercer seu poder de veto,
para dizer o que não quer no cenário político de sua
cidade.
Os últimos quatro anos, no
mínimo, hão de servir de parâmetro para as reflexões
da hora, num autêntico julgamento dos políticos que efetivamente
honraram seus mandatos, através de uma postura ética e de
cumprimento dos compromissos assumidos na campanha anterior, contrapondo-se
aqueles outros, demagogos, que voltaram as costas às propostas eleitorais,
envolveram-se em escândalos nebulosos, ainda hoje pouco esclarecidos,
ou foram alvo de investigações, legislativas ou judiciárias.
Há de ser separado o joio
do trigo para que o elemento contaminado seja afastado de vez da vida pública
e não ameace aquele que teve conduta compatível com o cargo,
dando assim oportunidade para o surgimento de novas lideranças.
Será fundamental, neste trabalho
de depuração, que o eleitor saiba avaliar as campanhas milionárias,
com distribuição de brindes e quetais, provavelmente realizadas
com o seu dinheiro, e não se deixe iludir com a retórica
de candidatos produzidos especialmente para o horário eleitoral
gratuito.
A tarefa não é fácil
e não há fórmula que garanta a reprise de erros atuais.
Fica uma singela sugestão: ao enfrentar pessoalmente um candidato,
olhe no olho dele; e acredite em você. |