Novo Milênio: Histórias e Lendas de Praia Grande: Antigas estações ferroviárias: Antigas estações ferroviárias: Solemar

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HISTÓRIAS E LENDAS DE PRAIA GRANDE - TRENS
Antigas estações ferroviárias: Solemar

A história desta estação foi assim registrada por Ralph Mennucci Giesbrecht no site Estações Ferroviárias do Brasil (atualização: 17/2/2013. Acesso: 14/5/2013):

Imagem: reprodução parcial da matéria original

E. F. Sorocabana (1944-1971) - Fepasa (1971-1998)

Solemar

Município de Praia Grande, SP

Ramal de Juquiá - km 123,731 (1960)

SP-2855

Inauguração: 20/12/1944

com trilhos

Uso atual: moradia

Data de construção do prédio atual: n/d

HISTÓRICO DA LINHA: O ramal foi construído pelos ingleses da Southern São Paulo Railway, entre 1913 e 1915, partindo de Santos e atingindo Juquiá. Em novembro de 1927, o Governo do Estado comprou a linha e a entregou à Sorocabana, já estatal, no mês seguinte.

O trecho entre Santos e Samaritá foi incorporado à Mairinque-Santos, que estava em início de construção no trecho da serra do Mar, e o restante foi transformado no ramal de Juquiá. A partir daí, novas estações foram construídas, e em 1981, o ramal foi prolongado pela Fepasa, já dona da linha desde 1971, até Cajati, para atender as fábricas de fertilizantes da região. O transporte de passageiros entre Santos e Juquiá foi suspenso em 1997, depois de 84 anos.

A linha seguiu ativa para trens de carga que passavam quase diariamente, transportando enxofre do porto para Cajati, até o início de 2003, quando barreiras caíram sobre a linha na região do Ribeira. O transporte foi suspenso e a concessionária Ferroban desativou a linha, que o mato cobriu rapidamente.

A ESTAÇÃO: A estação de Solemar foi inaugurada em 1944. Fica ao lado da SP-55, no seu km 300. "Um tio-avô meu tinha uma casinha entre Mongaguá e Solemar, que, ao menos até o início de 1972, não tinha nem água, nem luz elétrica. A luz era de lampião a gás. Francamente, algo desconfortável. O local ainda era algo agreste, mas não tão desabitado assim. A vantagem é que ficava bem em frente à linha da EFS, numa ocasião em que havia vários trens por dia - até onde me lembro, de carros Busch tracionados por Lambretinhas de bitola métrica. Num dos únicos dois dias em que lá estive, lá pelas tantas apareceu um trem fora de horário, composto de velhos carros Ouro Verde, meio enferrujados..." (Antonio Gorni, 26/6/2011).

"O Sr. Casemiro Ribeiro de Lima, mecânico aposentado da FEPASA está no imóvel há 21 anos e o mantém bem conservado. O contrato inicial de uso do imóvel foi feito com a FEPASA e depois repassado para a RFFSA, sucessora da malha paulista. A outra ala da estação era explorada como bar por outra pessoa e depois foi abandonada, ocasião em que foi saqueada e depredada. Sr. Casemiro recuperou e lacrou essa ala. Na época de funcionamento do bar o local atraía uma frequência problemática, com a ocorrência de brigas e até um homicídio. Há muita gente de olho no imóvel sendo que o Sr. Casemiro foi denunciado como invasor, o que não é verdade, e até a Prefeitura de Praia Grande tem interesse em transformar o local em ponto turístico, mas não se sabe que tipo de ponto turístico seria esse. Por enquanto o Sr. Casemiro vai se mantendo no imóvel e espera a possibilidade de ficar com o mesmo definitivamente" (Elias Vieira, 02/2004).

Em 2008, o Sr. Casemiro, também chamado de Japonês, continuava morando lá. Ele trabalhou no PRV (Posto de Reparo de Vagões) de Samaritá, nos bons tempos.

(Fontes: Ralph Giesbrecht: pesquisa local; Antonio Gorni; Vinicius Michael Bodo; Elias Vieira; Marcos A. Nobrega; http://www.cidadaopg.sp.gov.br; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1920-69; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;

A estação nos anos 1950. Notar que ainda não possuía aquelas colunas altas da fachada