2ª Bateria de Canhões - Forte Duque de Caxias (ano de 1924)
Participação da Fortaleza de Itaipu na história do Brasil
Ao longo de sua história, o Brasil passou por inúmeras fases revolucionárias e
períodos conturbados, principalmente nas décadas de 30 a 60, onde vale assinalar e ressaltar o esforço e dedicação dos militares da Fortaleza de
Itaipu, com sua incontestável participação na história do Brasil.
O movimento revolucionário, deflagrado na capital paulista em 5 de julho de 1924,
contrário à política adotada pelo governo do presidente Arthur Bernardes, teve a participação de várias unidades militares nas operações de guerra.
Reforçando as tropas legalistas, a Fortaleza de Itaipu enviou um contingente para São
Paulo, sob o comando do major Becker, formado por 120 homens, dois canhões Krupp 75 mm, metralhadoras e armamentos portáteis. Entrou em combate na
capital, bombardeando redutos governamentais. Alguns dos artilheiros do 3º GAC (Itaipu) portaram-se com uma coragem indubitável e foram,
posteriormente, promovidos por "atos de bravura".
Canhão Schneider 150 mm em Araçu - Estrada de Ferro Sorocabana - Trem Blindado, em
1932
Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, a Fortaleza prestou relevantes
serviços à causa constitucionalista. Alvejou com vários disparos um navio de guerra do Governo Federal, que se apresentava defronte à Barra de
Santos. Forneceu às forças paulistas alguns canhões Schneider, que foram desmontados em sua "Praça D'Armas" e remontados em vagões ferroviários,
sendo designados como Trem Blindado.
Ruas de São Paulo durante a Revolução de 1932
Ainda no período revolucionário constitucionalista, sofreu pesado bombardeio aéreo,
levado a efeito por uma esquadrilha de hidroaviões Savoia Marchetti da Aviação Naval Federal. O ataque ocorreu às 14h30 do dia 15 de setembro
de 1932, danificando parcialmente as instalações do Forte Jurubatuba, sendo provavelmente o único ataque aéreo sofrido em território brasileiro.
Desfile militar em Santos na década de 1940
Por ocasião da 2ª Guerra Mundial, a Fortaleza permaneceu vigilante, durante o dia,
assegurando a segurança do Porto de Santos. Graças à ação vigilante da Artilharia de Costa brasileira, conseguiu-se impedir ataques inimigos aos
nossos principais portos, o de Santos e o do Rio de Janeiro.
A Fortaleza de Itaipu teve sua participação na crise política de 1955, que culminou
com a deposição do presidente Carlos Luz e sua entrada na Barra de Santos. O cruzador Tamandaré ficou sob a mira dos canhões do 5º GAC, que
permaneciam prontos para abrir fogo.
Desfile militar em Santos na década de 1940
Durante a Revolução de 31 de março de 1964, a Fortaleza novamente fez-se presente.
Contribuiu, eficazmente, para a desarticulação de um movimento guerrilheiro no Vale do Ribeira e emprestou poder político à comunidade de Praia
Grande, assegurando sua emancipação municipal.
Desfile militar na Fortaleza, em 1964
|