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Movimento Nacional em Defesa
da Língua Portuguesa
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RIA...
Um estranho "cybér cafe"...
A melhor prova de que não tem sentido usar palavras
estrangeiras na comunicação entre brasileiros que mal dominam o idioma oficial do país está nesse cartaz, encontrado em 7/2001 no
centro de compras que os construtores denominaram Shopping West Plaza, na capital paulista.
No tapume encomendado pela autodenominada Mega Store Eletro Planet mostra, em primeiro
lugar, que precisa de uma ajuda na informática: falta um acento agudo na palavra. E, em meio à salada idiomática em que um crediário
é feito "by" um determinado plano, por exemplo, aparece em destaque a dupla pérola, que de uma só vez ataca vários idiomas: "Cybér
cafe".
Ataca o português,
pois o mais próximo desse termo seria a palavra cibercafé;
Atinge o francês, de
onde veio a palavra cybernétique, para designar a "ciência que estuda as comunicações e o sistema de controle não só nos
organismos vivos, mas também nas máquinas";
Assassina o grego,
de onde veio o termo kybernétiké, cunhado para designar a arte de governar (os homens);
Constrange o
fenício, pois o termo se relacionava originalmente ao governo das embarcações do tempo dos argonautas;
Aborrece os
italianos que, em 1585, criaram o termo cavée como evolução da palavra caffè;
Incomoda os turcos,
criadores no século XIV da palavra qahvé (da qual surgiu o termo italiano)
E certamente não
deixa satisfeitos os árabes, criadores da bebida que então chamaram de qahwah.
Será que a Eletro Planet quer atrair para si toda a ira planetária? |