Em 1733 - contou o jornalista e pesquisador Olao Rodrigues, em seu Almanaque da Baixada Santista-1976 -, esteve preso no calabouço da Fortaleza da Barra Grande (a mesma que ainda existe defronte à Ponta da Praia, no lado do Guarujá) o provedor de São Paulo, Sebastião Fernandes do Rego, que num passe de mágica havia substituído barras de ouro (produto do "quinto" cobrado nas minas de Cuiabá, em 1728) por lingotes de chumbo... - realizando ao contrário o sonho dos alquimistas, de encontrar a famosa Pedra Filosofal que transformaria chumbo e outros metais em ouro!

Prossegue Olao: "Imagine-se a decepção do rei D. João V, da corte e dos ministros estrangeiros, especialmente convidados, quando abriram os quatro caixões enviados do Brasil com 105 quilos de ouro e só encontraram o mesmo peso em chumbo!

"Posteriormente, o autor da trapaça foi enviado pelo governador de Santos, João dos Santos Alá, ao ouvidor geral do Rio de Janeiro, dr. Gregório Dias da Silva, que confiscou todos os seus bens e o degredou para Angola".