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#.a edição
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Após a gloriosa revolução hontem effetuada, e da qual resultou a deposição
do sr. d. Pedro, que exercia, em nome da Santissima Trindade, o absoluto poder majestatico sobre o povo do Brazil, ao espirito
publico desde logo acudio a necessidade urgentissima de fazer sahir quanto antes do solo da Patria a familia que deixou de
reinar.Hontem mesmo esperava-se que essa indispensavel
medida fosse promptamente executada pelo Governo Provisorio; mas, as attenções com que os membros desse governo cercaram a
pessoa do monarcha decaido chegaram, parece, ao ponto de permittir a d. Pedro a mais inteira liberdade de acção.
O ex-imperador abusou da magnanimidade com que era tratado, e, em vez de
submetter-se à resolução triumphante, tentou oppôr-lhe meios em cuja efficacia só a verdadeira insania poderia acreditar. Reunio
o conselho de Estado pleno, e, não aceitando o facto consummado da sua deposição e da organização de um Governo Provisorio
Republicano, quiz confiar ao sr. Saraiva a incumbencia de formar novo gabinete, mallogrando assim os effeitos da revolução
victoriosa.
Naturalmente o pensamento que dictou esses actos do ex-imperador
persiste em seo espirito, que provavelmente continuará a attribuir á fraqueza de um governo recem-organizado a extraordinaria
generosidade com que o Povo Brazileiro e os seos representantes tem tratado a Dymnastia vencida.
Ainda quando a Famillia deposta do seo divino privilegio não houvesse
conspirado contra o novo governo, acclamado hontem pela Nação, a mais vulgar prudencia aconselharia a immediata expatriação, não
só do ex-imperador, como de todos os outros membros da sua casa, cuja permanencia no solo brazileiro constitue verdadeiro perigo
publico.
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A PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA
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NO CAMPO DA ACCLAMAÇÃO
Era imponente o aspecto que apresentavam as forças de terra e mar,
formadas no campo da Acclamação, desde o amanhecer, em frente ao quartel do 1º, onde conservava-se prisioneiro do povo e dos
militares o gabinete decaido.
Em constante evolução, ao mando do general Deodoro da Fonseca, viam-se o
1º e 9º regimento de cavallaria, 2º regimento de artilheria de campanha, 1º, 7º e 10º batalhões de infanteria, corpos de
imperiaes marinheiros e navaes, corpos de alumnos das escolas militares da praia Vermelha e superior de guerra, corpo de
bombeiros e corpos de policia da corte e provincia do Rio.
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Alli permanecendo durante horas, senhora da praça, a força levantava
successivos vivas á liberdade, ao exercito e armada, á Republica Brazileira!
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Cerca de 9 horas da manhã, á intimação do povo e do exercito, o gabinete
declarou-se demitido, pedindo o sr. visconde de Ouro Preto ao general Deodoro garantia para a sua pessoa e dos seus collegas.
O sr. general respondeo-lhe que o povo e o exercito não offenderiam os
cidadãos destituidos do governo e que os ex-ministros podiam se retirar na maior tranquilidade, como aconteceo.
Ao ser communicada ao povo e aos militares a quéda do ministerio,
levantaram-se acclamações de todos os lados á Republica Brazileira e vivas estrepitosos, emquanto o parque de artilheria dava
uma salva de 21 tiros, com os canhões Krupp assestados para a secretaria da guerra.
O general Deodoro, sr. Quintino Bocayuva, e o tenente-coronel Benjamin
Constant foram então disputados pelo povo e pelos militares, que os carregaram em verdadeiro triumpho.
O BARÃO DO LADARIO
Ás 8 horas da manhã apresentou-se em frente ao quartel-general o capitão
de cavallaria Goldophim, acompanhado de 7 praças. Vinha esse official em exploração.
Nesse momento, alguns batalhões formaram em frente ao quartel, sahindo
então o sr. barão de Ladario, afim de dar ordens aos fuzileiros navaes.
Nessa occasião foi elle intimado por um official, por ordem do sr.
general Deodoro para entregar-se.
Sem proferir uma palavra, o sr. barão do Ladario sacou do bolso um
revolver e apontou-o ao peito do official, fazendo fogo. O tiro, porém falhou.
Approximando-se delle o sr. general Deodoro, para reiterar a ordem de
prisão, foi recebido com um tiro pelo sr. barão do Ladario, desviando-se, porém, a bala do alvo.
Acto continuo, foram disparados alguns tiros por praças do exercito,
ficando o sr. barão do Ladario ferido.
Immediatamente foi elle transportado em maca para o palacete de
Itamaraty, na rua Largo de S. Joaquim, seguindo dahi para a casa de sua residencia.
Foram chamados os srs. drs. Pereira Guimarães, o barão de Pedro Affonso
a cujos cuidados acha-se entregue o enfermo.
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NO PAÇO DA CIDADE
Ás 11 horas da manhã o visconde de Ouro Preto telegraphou ao imperador,
que se achava em Petropolis, chamando-o á côrte immediatamente.
Ao meio dia e um quarto, o sr. d. Pedro II, acompanhado de sua majestade
a imperatriz e de seus semanarios, tomaram o trem da estrada de ferro Principe do Grão Pará, chegando á estação de S. Francisco
Xavier ás 2 horas da tarde. Dahi seguiram em coche para o paço da cidade, onde chegaram ás 3 horas.
Alguns minutos mais tarde tambem chegaram os srs. conde e condessa d'Eu,
que se fizeram transportar por mar até o caes Pharoux.
Ás 4 horas da tarde compareceo no paço o sr. visconde de Ouro-Preto em
companhia do sr. barão de Miranda Reis.
A sua conferencia com o sr. d. Pedro II durou apenas cinco minutos,
pedindo o sr. visconde de Ouro-Preto a demissão collectiva do ministerio.
Manifestou então o imperador desejos de conferenciar com o sr. senador
Silveira Martins. Dizendo-lhe o sr. Ouro Preto que elle se achava em viagem, manifestou sua majestade desejo de conferenciar com
o sr. marechal Deodoro da Fonseca, que ficou de ir ao paço às 6 horas da tarde.
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O sr. barão de Loreto esteve no paço ás 6 horas, e ás 6 ½ chegaram o
barão e baroneza de Muritiba, barão de Miranda Reis, conde de ljezus e almirante marquez de Tamandaré.
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Ao ter noticia em Petropolis do ferimento do sr. barão de Ladario, o sr.
d. Pedro II telegraphou pedindo noticias, e no paço da cidade por diversas vezes pedio informações, manifestando-se muito
afflicto pelo acontecimento.
A guarda do paço foi confiada a uma força de 70 praças do 10º batalhão
de infanteria, com ordens terminantes de negarem entrada a quem quer que fosse.
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FORÇAS DE MAR
O batalhão naval desembarcou ás 6 horas da manhã.
Seguindo para o campo da Acclamação, onde já estava postada toda a força
do exercito, ficou com o corpo sob as ordens do general Deodoro, formando á rectaguarda da tropa de linha.
Pouco tempo depois appareceram os srs. capitão de fragata Alvarim Costa
e capitão tenente Pestana, commandante e major dos navaes, que assumiram os seus postos.
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De volta do campo, depois de percorrer varias ruas, acclamado pelo povo
compacto em todos os pontos, o exercito estendeo-se em linha, que abrangeo toda a rua Primeiro de Março, dando o centro para o
desfilar do corpo de imperiaes e batalhão naval, que se recolheo ao arsenal de marinha.
De volta a recolher-se aos quarteis, passou de novo a força do exercito
pela rua do Ouvidor sendo vivamente acclamada pelo povo.
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NO CORREIO DO POVO
Cerca de 2 horas da tarde grande massa de povo affluio ás immediações do
nosso escriptorio de cujas janellas fallaram, attendendo ás solicitações populares, o dr. Silva Jardim e o nosso chefe dr.
Sampaio Ferraz.
Dentro do nosso escriptorio foram erguidos varios vivas entre os quaes
um do dr. Silva Jardim á memoria do bravo tenente-coronel Madureira.
Seguio depois o povo para a camara municipal, empunhando o estandarte
republicano que estivera hasteado nas janellas da nossa redacção o cidadão José Pires Domingues, que o foi hastear nas janelas
do paço da camara.
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NA CAMARA
Cerca de 3 horas da tarde, chegou ao mesmo edificio o sr. vereador José
do Patrocinio, acompanhado do povo e immediatamente foi votada a seguinte representação:
"Exms. srs. representantes do exercido e da armada nacionaes - Temos a
honra de communicar-vos que, depois da gloriosa e nobre resolução que ipso facto depoz a monarchia brazileira, o povo,
por orgãos espontaneos e pelo seu representante legal nesta cidade, reunio-se no edificio da camara municipal, e, na fórma da
lei ainda vigente, declarou consummado o acto da deposição da monarchia e, acto seguido, o vereador mais moço, ainda na forma da
lei, proclamou, como nova forma de governo do Brazil, a Republica.
Attendendo ao que, os abaixo assignados esperam que as patrioticas
classes militares sanccionem a iniciativa popular, fazendo immediatamentae decretar a nova fórma republicana do governo
nacional.
Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1889."
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Votada a representação, orou o sr. dr. Silva Jardim.
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EM NICTHEROY
Á 1 hora da tarde, toda a força de policia, já então sob o commando do
tenente-coronel Fonseca e Silva, desembarcou na ponte de Nitheroy dando vivas á Republica, no que foi acompanhada pelo povo, que
percorreo todas as ruas no meio de grande enthusiasmo.
Ao chegar ao quartel do corpo, o sr. conselheiro Carlos Affonso,
ex-presidente da provincia do Rio de Janeiro, interpellou os officiaes, perguntando-lhes se reconheciam o novo commandante.
A policia prorompeo em vivas ao tenente-coronel Fonseca e Silva e á
Republica.
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COMMERCIO E REPARTIÇÕES
Logo que foi conhecido o movimento, o commercio fechou as suas portas e
as repartições publicas suspenderam o seu expediente.
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PRISÃO DE EX-MINISTRO
Ás 6½ horas da tarde, sabendo o bravo general Deodoro que o visconde do
Ouro Preto reunido a amigos n'uma casa á rua da Ajuda deliberava sobre a organização de um gabinete liberal, ordenou ao coronel
Germano de Andrade Pinto, commandante do corpo de policia, que com um piquete prendesse-o.
A detenção foi effectuada, e, escoltado por uma força, o sr. visconde de
Ouro Preto recolheo-se ao estado maior do 1º regimento de cavallaria, em S. Christovão.
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NAS RUAS
Durante todo o dia e até alta hora da noite o povo percorreo as ruas do
centro da cidade, formando diversos grupos precedidos de bandas de musica.
Expansiva em seu emthusiasmo, a população erguia vivas e saudações á
imprensa livre, aos bravos do exercito e armada, ao general Deodoro, a Quintino Bocayuva, e á Republica Brazileira.
Ás 7 horas da noite um official de cavallaria percorreo as ruas da
cidade, dirigindo a seguinte proclamação:
"O general Deodoro manda dizer que o povo póde ficar tranquillo. A
cidade está entregue á guarda do 7º batalhão de infanteria e morrerá o ousado que tentar arrombar uma porta."
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A POLICIA
Por delegação do governo provisorio, hontem constituido, assumio
interinamente o cargo de chefe de policia da côrte o sr. capitão de estado-maior de artilheria Vicente Antonio do Espirito
Santo.
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Hontem mesmo foram nomeados para exercer os cargos de 1º e 3º delegados
de policia, interinamente, o major Candido José da Siqueira Campello, chefe de secção da secretaria, e capitão do exercito
Austrelino Villarim.
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O TELEGRAPHO
Para que do occorrido fossem transmittidas noticias telegraphicas com
toda a exactidão, o sr. general Deodoro expedio ao director dos telegraphos ordem para ser entregue o estabelecimento ao 1º
tenente José Augusto Vinhaes.
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Foi expedida ordem telegraphica para o Desterro, afim de ser preso ao
chegar a esse porto o paquete Rio Pardo, o senador Silveira Martins.
O Rio Pardo deve chegar hoje a Santa Catharina.
Varios estabelecimentos commerciaes desta cidade elliminaram as armas
imperiaes que usavam no frontispicio das casas em que funccionam.
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Egual procedimento tiveram os soldados e officiaes dos diversos
batalhões de terra e de mar, arrancando dos bonets a corôa imperial que outr'ora traziam.
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Em consequencia dos ultimos acontecimentos nacionaes, ficam, para todo o
infinito rosario dos seculos vindouros, banidos da successão, governo e regencia do Brazil, por si, seus descendentes,
ascendentes e collateraes:
O sr. d. Pedro II;
A imperatriz d. Thereza Christina;
A princeza d. Isabel;
O principe do Grão-Pará, d. Pedro Gastão;
O principe d. Luiz Gastão;
O principe d. Antonio Gastão.
O principe d. Pedro Augusto de Saxe;
O principe d. Augusto de Saxe;
O principe d. Luiz de Saxe;
A princeza d. Januaria;
A princeza d. Francisca;
Os membros da familia real portuguesa, que são todos descendentes directos
de d. Maria II, irmã do sr. d. Pedro II;
Os filhos e netos da princeza d. Januaria;
Os filhos da princeza d. Francisca.
Foram outrossim mandados passear o conde d'Eu, duque de Saxe, o conde de
Aquila e alguns felizardos principes esposos mais que, embora excluidos da successão ou regencia, constituiam entretanto um
grave onus para o suor do povo.
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TELEGRAMMAS
SERVIÇO ESPECIAL DO "CORREIO DO POVO"
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Victoria, 15.
O presidente da provincia entendeu-se com todas as autoridades
superiores da capital para ser mantida a ordem que não tem sido alterada e espera o resultado dos acontecimentos.
Victoria, 15.
A commissão permanente do partido republicano adhere ao movimento e
saúda a Federação Republicana Brazileira.
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TENENTE-CORONEL MADUREIRA
As commissões encarregadas de erigir um mausoléo ao bravo
tenente-coronel Madureira, pedem-nos a publicação das quantias, por ellas arrecadadas nas diversas redacções dos jornaes desta
côrte, por onde corre a subscripção, o que de muito bom grado fazemos:
(Continuação)
Escola militar da côrte e escola superior de guerra
1º regimento de cavallaria
2º tenente Lauro Muller
Dr. Ennes de Souza
1º tenente José Eulalio de Oliveira
1º tenente Villeroy
2º tenente Tobias Recker
1º tenente Timotheo de Farias
1º tenente Fiuza de Castro
1º tenente Pinto Peixoto
2º tenente Albuquerque de Souza
D.F.
L.C.
G.E.
Alferes alumno E. Tallone
Dr. Costa Lobo
Tenente Bittencourt Costa
osé Antonio de Carvalho
Paulo Antonio da RochaQuantia já publicada |
228$820
31$000
5$000
10$000
2$000
2$000
2$000
1$000
1$000
1$000
2$000
1$000
2$000
1$000
1$000
1$000
3$000
1$000
1$000
296$820
2:488$390
2:780$210
|
(Contínua.)
O producto da subscripção tem sido pelas dignas commissões recolhido ao
Banco del Credere.
--
As commissões pedem ás pessoas que se acham com listas o favor de
remettel-as, quanto antes, ás redacções dos jornaes desta côrte, por onde tem corrido a subscripção.
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Deo-se ha dias em Fontainebleau o seguinte:
Indo o sr. Carnot entrar no palacio, encontrou-se com algumas pessoas, e
parou a conversar com ellas. Trazia um guarda-chuva na mão e encostou-o á parede para enxugar.
Um sujeito muito bem vestido, aproveitando a distracção dos
circumstantes, apoderou-se do guarda-chuva e retirou-se immediatamente.
Preso quasi em flagrante delicto, o larapio foi conduzido á estação de
policia mais proxima, onde se averiguou ser um inglez da melhor sociedade.
Apoderára-se do guarda-chuva - declarou elle - como de um objecto
curioso para a sua collecção.
O sr. Carnot mandou soltar o apaixonado colleccionador e fez-lhe
presente do appetecido objecto.
Esta recordação presidencial irá talvez engrossar a collecção do museu
Tussaud, em Londres.
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Vai fazer-se uma nova edição da Terre, de Zola, illustrada por
Duez, Gérardin, Ganeutte, Mesples e outros artistas igualmente celebres.
ACTOS DO GOVERNO
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de ministro e secretario de estado dos
negocios do interior o bacharel Aristides da Silveira Lobo.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de ministro e secretario de estado dos
negocios da guerra o tenente-coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear o chefe de divisão Eduardo Wandenkolk para o cargo de
ministro e secretario de estado dos negocios da marinha.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de ministro e secretario de estado dos
negocios da fazenda e interinamente da justiça o bacharel Ruy Barbosa.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de ministro e secretario de estado dos
negocios da justiça o bacharel Manoel Ferraz de Campos Salles.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de ministro e secretario de estado dos
negocios da agricultura, commercio e obras publicas o engenheiro Demetrio Ribeiro.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de governador do estado do Rio de Janeiro o
dr. Francisco Portella.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
Aristides da Silveira Lobo, ministro do interior.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de governador do estado de Minas Geraes o
bacharel José Cesario de Faria Alvim.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
Aristides da Silveira Lobo, ministro do interior.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de governador do estado da Bahia o dr. Manoel
Victorino Pereira.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
Aristides da Silveira Lobo, ministro do interior.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de chefe de policia da capital o bacharel João
Baptista Sampaio Ferraz.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
Ruy Barbosa, ministro interino da justiça.
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O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisorio
constituido pelo exercito e armada, em nome da Nação, resolve nomear para o cargo de director do Diario Official o dr.
Julio Borges Diniz.
Sala das sessões do Governo Provisorio, em 15 de novembro de 1889. -
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
Ruy Barbosa, ministro interino da justiça.
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CORREIO TELEGRAPHICO
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Santos, 15.
Redacção d'O Paiz, Rio - Hurrah! Hurrah! Hurrah! - Gastão.
Antonina, 15.
General Deodoro, Quintino Bocayuva, Benjamin Constant.
Congratulações: se forem precisos os meus serviços, seguirei para a
côrte. Mandem ordens - Diogo de Vasconcellos.
Maceió, 15.
Ao cidadão Quintino Bocayuva.
O batalhão 26 de infanteria adhere ao pronunciamento. Aguardamos
noticias. - Major Pedra, commandante.
Victoria, 15.
Ao exm. sr. Quintino Bocayuva - Recebi ás 6 horas da tarde telegramma
declarando governo republicano. Fico sciente. Felicito a v. ex. Tudo em paz. Aguardo ordens. - O capitão Francisco de Paula
Costa, commandante do destacamento de infanteria.
Recife, 15.
A população acha-se calma.
Consta que o presidente da provincia nenhuma resistencia opporá ao
movimento.
A tropa declara-se favoravel ao mesmo movimento.
Sendo consultado pela presidencia, o inspector do arsenal de marinha
declarou que acompanhava a armada.
Rio Grande do Sul, 15.
Produzio aqui grande sensação a noticia ácerca da revolta militar nessa
capital.
Grupos estacionavam nas esquinas, commentando o facto, chegando a todo o
momento boatos contradictorios.
O dr. Pio Angelo da Silva, chefe liberal, telegraphou para o Desterro ao
conselheiro Gaspar Silveira Martins, chamando-o.
Ha grande anciedade por noticias.
S. Paulo, 15.
Extraordinaria massa de povo estacionam nas ruas acclamando a Republica.
Foi deliberado que o governo provisorio ficasse composto dos srs.:
Prudente de Moraes, Rangel Pestana e coronel Souza Mursa, sendo muito acclamado.
Tem sido queimada enormidade de foguetes.
O general Couto de Magalhães diz que só entregará o governo quando
receber ordens da côrte.
Fez esta declaração após a conferencia que teve com o governo provisorio.
A guarda do palacio foi reforçada, sendo nomeado ajudante de pessoa do
general Couto de Magalhães o alferes Marcondes de Brito.
A cavalleria, a armada, o exercito, o marechal Deodoro, Quintino
Bocayuva, Benjamin Constant, têm sido vivamente acclamados!
Cada telegramma affixado nos escriptorios dos jornaes provoca grande
movimento de povo.
Consta que o conselheiro Antonio Prado foi convidado para fazer parte do
governo provisorio.
S. Paulo, 15.
Dos logares da provincia onde é conhecida a proclamação da Republica,
telegrapham saudando aos jornaes republicanos desta capital.
Em Campinas reina extraordinario delirio.
O delegado de policia, receiando disturbios, telegraphou a Rangel
Pestana pedindo força.
Em Santos foi nomeado o governo municipal, tendo sido dirigida uma
proclamação ao povo pedindo união, sem distincção de partido, pois a Republica exprime o sentimento nacional.
S. Paulo, 15.
O governo provisorio acha-se constituido pelos srs. Prudente de Moraes,
Rangel Pestana e Murça. O exercito adherio. Grande enthusiasmo pela Republica.
Amanhã haverá instalação definitiva do governo provisorio no paço
municipal.
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Falleceo no hospital Saint-Jean de Di##, de Pariz, o eminente escriptor
pariziense Augusto de Viliers I'Isle Adam, um dos estylistas mais subtilmente modernos e mais caracteristicamente pessoaes da
geração actual.
Os seus contos, esfumados ao vago da chimera, lembravam Hoffman, vestido
á moderna.
Paz ao seu luminoso espirito.
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THEATROS
Espectaculos hoje:
Variedades - Andorinhas.
Recreio - A Garota de Paris.
Lucinda - A Marselhesa.
Phenix - Jack, o estripador.
Sant'Anna - Garra d'Açor. |