Atividades do presidente Café Filho em 1955, em registro do
Cinejornal Informativo nº 13/1955, da Agência Nacional, preservado pelo Arquivo Nacional e divulgado pelo portal oficial
Zappiens:
Título: Cinejornal Informativo n. 13/55 (1955). Resumo: VISITAS PRESIDENCIAIS.
O chefe do governo [presidente Café Filho] inspeciona serviços públicos. [No Museu Histórico Nacional percorre as suas dependências e planta uma
palmeira junto com o embaixador de Portugal, presentes o ministro da Educação e Cultura, Cândido Mota Filho e o cardeal D. Jaime de Barros Câmara;
visita batalhão do Exército acompanhado do ministro Teixeira Lott e do general Odílio Denys] POLÍCIA MILITAR. Entrega de medalha a várias
personalidades [presentes o ministro da Justiça e Negócios Interiores, Marcondes Filho, o ministro da Guerra, Henrique Teixeira Lott, o
vice-presidente do senado Nereu Ramos e o ministro da Aeronáutica, Eduardo Gomes] ESTÁDIO DO MARACANA. Magnífica demonstração de fé religiosa
[desfile de estudantes e missa campal] SEM SOM.
Funeral do ex-presidente Arthur Bernardes em 23 de março de 1955, com a
presença do presidente Café Filho, em registro do
Cinejornal Informativo nº 14/1955, da Agência Nacional, preservado pelo Arquivo Nacional e divulgado pelo portal oficial
Zappiens:
Título: Cinejornal Informativo n. 14/55 (1955). Resumo: NOVO VIADUTO.
Inaugurado pelo presidente da República [Café Filho viaduto do Trevo das Missões na Rodovia Rio-São Paulo; visita as obras da adutora do rio Guandú]
HOTEL QUITANDINHA. Banquete promovido pelo Rotary Club [em Petrópolis, homenagem ao 50º aniversário do Rotary Club Internacional] DEPUTADO ARTUR
BERNARDES. Os funerais do ex-presidente da República. [cortejo fúnebre saindo do palácio Tiradentes e funeral no cemitério São João Batista, com a
presença do presidente da República Café Filho]SEM SOM.
Atividades do presidente Café Filho em 1955, em registro do
Cinejornal Informativo nº 17/1955, da Agência Nacional, preservado pelo Arquivo Nacional e divulgado pelo portal oficial
Zappiens:
Título: Cinejornal Informativo n. 17/55 (1955). Resumo:
[Presidente Café Filho recebe autoridade estrangeira, presentes o ministro das Relações Exteriores, Raul Fernandes e o chefe do Gabinete Militar,
Juarez Távora; assiste desfile de tropas em frente ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro] VOLTA REDONDA. 14º Aniversário da Cidade do Aço
[Aniversário da Companhia Siderúrgica Nacional com a presença do presidente Café Filho; presidente Café Filho inaugura escola; assiste desfile de
estudantes e atletas; assiste missa campal]SEM SOM.
Em 16 de abril de 1955, o presidente Café Filho
inaugura a Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão/SP, na presença do então governador paulista Jânio
Quadros. Este e outros eventos foram registrados no Cine-jornal Informativo nº 18 de 1955, produzido pela Agência Nacional, preservado pelo
Arquivo Nacional e
divulgado pelo site oficial
Zappiens:
Título: Cinejornal Informativo n. 18/55 (1955).
Resumo: REFINARIA ARTUR BERNARDES. Sua inauguração pelo presidente Café Filho, com a presença de Jânio Quadros MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Posse do
novo titular, Dr. Prado Kelly REFINARIA ARTUR BERNARDES. (Obs: Continuação da 1ª reportagem) PALÁCIO DO CATETE. Cerimônia de transmissão do cargo ao
Sr. Carlos Luz PRESIDENTE CAFE FILHO. O chefe do governo embarca para Portugal. [SEM SOM].
Registro oficial da Biblioteca da Presidência da República:
Fonte: Arquivo Nacional
- Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República
Advogado, nascido na cidade de Natal, estado do Rio Grande do Norte, em 3 de
fevereiro de 1899. Foi fundador do Jornal do Norte (1921), editor de O Correio de Bezerros na cidade pernambucana de Bezerros (1923), e diretor do
jornal A Noite (1925), tendo escrito neste último, artigos nos quais pedia a soldados, cabos, sargentos e jovens oficiais que se recusassem a
combater a chamada "Coluna Prestes", o que resultou na sua condenação a 3 meses de prisão. Fugiu então para a Bahia em 1927, sob o nome de Senílson
Pessoa Cavalcanti, mas acabou retornando a Natal, onde se entregou.
Em 1923, candidatou-se a vereador em Natal, mas fracassou. Ingressou na Aliança
Liberal e foi um dos fundadores, em 1933, do Partido Social Nacionalista do Rio Grande do Norte (PSN). Elegeu-se deputado federal (1935-1937) e
destacou-se pela defesa das liberdades constitucionais. Ameaçado de prisão, asilou-se na Argentina, retornando ao Brasil em 1938.
Fundou, com Ademar de Barros, o Partido Republicano Progressista (PRP), pelo
qual se elegeu deputado federal (1946-1950). Eleito vice-presidente por uma coligação de partidos que se fundiram sob a sigla do Partido Social
Progressista (PSP), assumiu a presidência da República com o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. Foi nomeado ministro do Tribunal
de Contas do Estado da Guanabara (1961-1970). Faleceu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970.
Período presidencial
Café Filho assumiu o governo da República imediatamente após a morte de Getúlio Vargas. Em seu novo gabinete, teve como ministro da Fazenda Eugênio
Gudin, defensor de uma política econômica mais ortodoxa, que buscou estabilizar a economia e combater a inflação. O ministro adotou como principais
medidas a contenção do crédito e o corte das despesas públicas, procurando, assim, reduzir o déficit público, causa, em sua avaliação, do processo
inflacionário.
Durante o governo Café Filho, instituiu-se o imposto único sobre a energia
elétrica, gerando o Fundo Federal de Eletrificação, e o imposto na fonte sobre a renda do trabalho assalariado. Destacaram-se, ainda, em sua
administração a criação da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, a inauguração, em janeiro de 1955, da usina hidrelétrica de Paulo Afonso
e o incentivo à entrada de capitais estrangeiros no país, que repercutiria no processo de industrialização que se seguiu.
Afastou-se temporariamente da presidência em 3 de novembro de 1955, em virtude
de um distúrbio cardiovascular, e em 8 de novembro foi substituído por Carlos Luz, presidente da Câmara. Restabelecido, tentou reassumir os poderes
presidenciais, mas seu impedimento foi aprovado pelo Congresso Nacional em 22 de novembro de 1955 e confirmado pelo Supremo Tribunal Federal em
dezembro.