A caminho da morte, partiram os
heróis paulistas
O que foi a revolução constitucionalista de São Paulo - A
bravura e o heroísmo do povo bandeirante - Um sacrifício que não foi em vão - Depoimentos de Júlio de Mesquita Filho, Aureliano
Leite e outros grandes revolucionários - O símbolo da mulher paulista - O herói do túnel - "O Ouro para a Vitória"
Reportagem de Carlos Vinhais
Martins, Miragaia, Drauzio e
Camargo, os mártires da Revolução
O Nove de Julho representa para São
Paulo uma das mais gloriosas páginas da História do Brasil. Verdadeira epopéia cantada em verso e prosa pelos maiores poetas e
escritores contemporâneos, aquela data, marco indelével de uma nova era no regime constitucional do País, tem em cada paulista
um fervoroso e apaixonado adepto, sempre pronto a exaltá-la, situando-a no mesmo plano do Sete de Setembro.
O entusiasmo cívico não
morreu, e nem morrerá nunca no paulista
Objetivando tão somente libertar a nação do jugo de uma ditadura
odiosa e incompatível com a índole pacífica do ordeiro povo brasileiro, São Paulo, num incontido assomo de revolta, lançou-se a
uma empreitada vigorosa e sob todos os aspectos digna dos maiores encômios, que, se não vitoriosa no campo da luta, serviu para
obrigar aqueles que se impunham pela força a restituir ao povo oprimido o direito de se manifestar livre e espontaneamente
através de seus representantes nas Câmaras Legislativas.
A bandeira paulista tremula
no meio da entusiástica multidão
Não foi em vão que o solo sagrado de Piratininga foi regado com o
sangue puro da mocidade bandeirante. A bravura, o desprendimento e o acendrado amor à liberdade fizeram do soldado paulista um
guardião nobre e intransigente dos postulados democráticos, postergados, na época, pelos aproveitadores mesquinhos que se
eternizavam no poder, embora a contragosto do povo brasileiro.
As bandeiras do Brasil e de
S. Paulo desfilam na Paulicéia
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