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CULTURA/ESPORTE NA BAIXADA SANTISTA - BEATRIZ
Beatriz Rota-Rossi (6)

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Argentina radicada em Santos, Beatriz Y. Allevato de Rota-Rossi é artista plástica, professora de universitária de História da Arte no Brasil, Cultura Brasileira, Estética e Cultura de Massa, tendo se aprofundado sobre temas que os próprios brasileiros geralmente desconhecem, como as artes indígenas. O jornal santista A Tribuna assim noticiou, no domingo, 8 de julho de 2008 (página E-5), sua participação na feira literária de Paraty:

Beatriz é um dos destaques da Off Flip, programação paralela da Feira Literária Internacional de Paraty, uma das mais concorridas do País

Foto: Irandy Ribas (24/10/2007), publicada com a matéria

 

FLIP

Beatriz Rota-Rossi na chamosa Paraty

A professora e artista plástica autografa a biografia de Alex Vallauri, o pai do grafite

Da Redação

A professora e artista plástica Beatriz Rota-Rossi resgata a trajetória do pai do grafite no Brasil na biografia Alex Vallauri da Gravura ao Grafite, da Editora Unisanta. Lançada em outubro do ano passado, a obra é um dos destaques da Off Flip, programação paralela da Feira Literária Internacional de Paraty. A noite de autógrafos acontece hoje, às 18 horas, no O Café.

"O espaço é da santista Mariema Faro e o convite para o lançamento em Paraty me deixou muito contente. A resposta à publicação tem sido maravilhosa, apesar da falta de tempo para me dedicar ao trabalho de divulgação. Recebi dois convites para lançamento em São Paulo", conta Beatriz, que leciona na Unisanta e está envolvida com novo livro.

A artista conhece intimamente o biografado, que era seu primo e, acima de tudo, seu amigo. Trocaram correspondências e é por meio delas que Vallauri fala no livro. "Tinha muita informação, mais de 300 cartas enviadas por ele, muitas em espanhol e italiano. Em algumas delas, fala sobre Picasso, Andy Warhol e outros grandes nomes que conheceu em suas andanças pelo mundo".

Além do baú de cartas, enviadas a ela e a outros amigos e parentes, a escritora pesquisou em jornais e revistas e entrou em contato com galerias e museus nos Estados Unidos, onde o artista possui trabalhos expostos em Minnesota e Nova Iorque.

Diversas vertentes - Dividida em duas partes, a obra aborda todas as vertentes do artista, que foi também pintor, desenhista, cenógrafo e escreveu roteiros de curtas-metragens. Como gravador, Vallauri foi premiado em bienais internacionais. "Ele é mais conhecido como grafiteiro, mas seu alicerce é feito na gravura".

A segunda parte começa em 1979, quando o grafite surge no Brasil. Pioneiro nesta arte no País, Vallauri tinha enorme paixão pelo povo e por meio do grafite se comunicava com homens e mulheres nas ruas.

No final dos anos 70, um de seus trabalhos marcantes inseridos na paisagem urbana foi o grafite de uma bota preta de salto alto. "Foi o seu primeiro estêncil, a primeira máscara que ele fez". A série se espalhou pela cidade, a partir da utilização de tinta em bisnaga aerossol sobre uma matriz de papelão vazado, fixada sobre a parede.

O interesse de resgatar o passado de Vallauri foi compartilhado com a mãe do artista, tia de Beatriz. "Vimos muitos erros publicados sobre ele. O livro tem a proposta de colocar bem claro e em ordem a vida de Vallauri. Falava-se muito dele, mas muitas coisas são bobagens, que não condizem com a verdade. Uma delas é que a família veio fugida da Argentina, por questões políticas".

A obra é uma homenagem a Vallauri, falecido em 1987, e também a outros precursores do grafite, como Zaidler e Matuck. "Muitos se esquecem deles, mas eles foram os desbravadores". Atualmente, Beatriz finaliza um livro de contos. "São para adultos, mas não são eróticos. Estou terminando as ilustrações", adianta".

SERVIÇO - Lançamento do livro Alex Vallauri da Gravura ao Grafite: dia 6 às 18 horas, no O Café - Rua da Matriz, 237, Centro Histórico de Paraty.

Saiba mais

Arte premiada

De origem italiana, Alex Vallauri (1949-1987) nasceu na Etiópia e mudou-se para o Brasil em 1965. Formou-se em Comunicação Visual pela FAAP,e m São Paulo, tendo feito especialização em artes gráficas na Suécia, Inglaterra e Estados Unidos. Em 1981, ganhou o prêmio Arte Comunicação da Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo conjunto de sua obra.

Seu trabalho mais famoso é Festa na Casa da Rainha do Frango Assado, instalação exposta na 18ª Bienal Internacional de Artes, em 1985. A data 27 de março ficou sendo o Dia do Grafite, por ser o aniversário de morte de Vallauri.

Café de santista é um dos palcos

Proprietária do O Café, a santista Mariema Faro vive em Paraty há sete anos. "Antes, tive antiquário em Embu. Frequentei durante muito tempo Paraty nas férias. Até que resolvi morar aqui". Durante a Flip, seu restaurante, localizado no Centro Histórico, é palco de encontros, bate-papos com escritores, lançamento de livros e de apresentações musicais, dentro da agitada programação paralela da Off Flip. O espaço também abriga uma loja, onde Mariema exibe seus trabalhos em papel machê.

Para ela, lançar o livro Alex Vallauri da Gravura ao Grafite no O Café tem um significado especial. "Conheço a Beatriz há muitos anos e fui amiga tam´bem do Alex. Li a obra e me emocionei".

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