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CULTURA/ESPORTE NA BAIXADA SANTISTA - M.GRUBER
Mário Gruber (3)

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Nascido em Santos em 1927, e falecido em Cotia/SP em 28 de dezembro de 2011, Mário Gruber Correia foi pintor, escultor, gravador e muralista, tendo começado a pintar aos 16 anos, em 1943. Seu nome se tornou verbete na Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais (na Internet, acesso em 4/1/2012):

Gruber, Mário (1927 - 2011)

Biografia
Mário Gruber Correia (Santos SP 1927). Pintor, gravador, escultor, muralista. Autodidata, começa a pintar em 1943. Muda-se para São Paulo em 1946 e matricula-se na Escola de Belas Artes, onde é aluno do escultor Nicolau Rollo (1889-1970). Em 1947, ganha o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores. No ano seguinte realiza sua primeira exposição individual e passa a estudar gravura com Poty (1924-1998) e a trabalhar com Di Cavalcanti (1897-1976). Recebe bolsa de estudo em 1949, vai morar em Paris, estuda na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] com o gravador Édouard Goerg (1893-1969) e trabalha com Candido Portinari (1903-1962). Retorna ao Brasil em 1951 e funda o Clube de Gravura (posteriormente Clube de Arte) em sua cidade natal, onde volta a residir. É professor de gravura no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) em 1953, e dá aulas de gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1961 e 1964. Monta ateliê de gravura em São Paulo em 1970. De 1974 a 1978, mora em Paris, depois, ao retornar ao Brasil, mora em Olinda, Pernambuco. Em 1979, monta ateliê em Nova York. De volta a São Paulo, realiza obras de grande porte em espaços públicos como a estação Sé do Metrô e o Memorial da América Latina. Na década de 2000, continua a trabalhar intensamente, com uma produção anual de 100 a 120 obras.

Comentário Crítico
Autodidata, Mário Gruber começa a pintar na metade da década de 1940, apresentando uma produção ligada ao expressionismo. Em 1949, recebe uma bolsa do governo francês, e viaja para Paris, onde se dedica ao estudo de pintura e gravura. Retorna ao Brasil em 1951. Em sua obra gráfica dessa época, aproxima-se do realismo social praticado por outros artistas ligados aos clubes de gravura. A cidade, suas ruas e casas são temas para sua produção gráfica.

Mário Gruber realiza também pinturas de caráter figurativo, partindo de imagens cotidianas, como a vida nas metrópoles, para envolvê-las em jogos de imaginação. O artista cria personagens fantásticos, utilizando cores contrastantes que remetem à produção do pintor holandês Rembrandt van Rijn (1606-1669) e do espanhol Diego Velázquez (1599-1660). A partir da década de 1970, passa a empregar recursos do processo fotográfico, como a ampliação, para criar novos tipos de imagens. Pesquisa também as linguagens da televisão e do cinema. Mantém um constante diálogo com a tradição da história da arte, como na exposição de 1985, na qual recria telas do pintor italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) e do francês Georges de La Tour (1593-1652), realizando ampliações a partir dos quadros desses artistas e apreendendo a dramaticidade e a dinâmica da luz presentes em suas obras.

A luminosidade apurada, a gama cromática muito controlada e a pincelada livre estão presentes em quadros posteriores, como Balão Verde e Preto (1996). Criando personagens que são freqüentemente mascarados, magos, anjos e robôs, Gruber produz obras que causam estranheza e relacionam-se a uma temática ligada ao realismo fantástico.

Atualizado em 02/01/2012

Igarassu II, óleo sobre tela de 1978, com 65x81 cm

Imagem: Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais

 

Sem título,  óleo sobre tela de 1982, com 65x81 cm

Imagem: Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais

 

Retrato de Mário Schenberg,  óleo sobre tela de 1978, com 64x53 cm

Imagem: Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais

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