A ipueira resplandece em meio da restinga...
Salpicam-lhe a água quieta as flores da suinã,
A pétala que tomba é uma gota que pinga,
é o sangue a ressumbrar dessa árvore pagã.
Figuremos no céu que, por obra ou mandinga
de um pajé misterioso e de estrutura anciã,
todo se envaideceu e da mata se vinga
ferindo-a com um raio ao frescor da manhã.
E, cravado o punhal de luz na selva escura,
ela geme, ela clama e se contorce exangue
ao troar do trovão na celestial altura.
E então velha suinã, florindo a fronde enorme,
é uma chaga a jorrar aos borbotões o sangue
da profunda lesão do matagal que dorme...