Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/cubatao/cubgeo05.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/21/08 16:49:08
Clique aqui para voltar à página inicial de Cubatão
GEOGRAFIA E ECONOMIA DE CUBATÃO
Aspectos geográficos (7)

Leva para a página anterior
Estes dados geográficos foram baseados no livrete O que você precisa saber sobre Cubatão, de Francisco Rodrigues Torres, João Carlos Braga Júnior e Welington Ribeiro Borges, editado em 2002 pela Design & Print, de Cubatão, com o apoio do Arquivo Histórico Municipal de Cubatão. As referências complementares são do 2º Boletim Informativo sobre o Município de Cubatão, editado em setembro de 1973; do 4º Boletim Informativo - 1976 - Cubatão e do 5º Boletim Informativo - Cubatão - 1981, editados pela Prefeitura deste município nos anos citados:
 
Vegetação

No município podem ser encontrados três tipos de vegetação:

a) vegetação dos brejos de água doce - típico de regiões invadidas pelas águas dos rios e dos riachos na época das chuvas. Encontram-se ervas de muitas qualidades, gramíneas formando prados e florestas baixas, onde aparecem o ipê de brejos e outras espécies.

b) vegetação do mangue - compreende na região da Baixada Santista uma área de 100 km², excluindo-se as zonas devastadas. São poucos os vegetais que sobrevivem nessas condições ambientais devido ao baixo teor de oxigênio e pouca consistência do solo. Aparecem freqüentemente vegetais com raízes muito desenvolvidas, para a sustentação da planta. No manguezal, durante a maré alta, vê-se praticamente só as copas das árvores e arbustos. Durante a maré baixa, vê-se emaranhados das raízes escoras e pneumatóforos. Em Cubatão, as áreas cobertas pelos manguezais foram devastadas, drenadas e usadas para o plantio e mais tarde para a construção de casas modestas e até mesmo de alto padrão.

Cubatão, em imagem de satélite: as áreas em vermelho representam vegetação

c) vegetação das escarpas da serra e dos morros - corresponde à Mata Tropical, que é rica em espécies vegetais com predomínio das árvores de grande porte. Destacam-se entre as árvores: embaúba-preta, araúba, amarelinho, quaresmeira. A quaresmeira é também chamada quaresma, manacá-da-serra e jacatirão. É citada constantemente nos livros de Afonso Schmidt inspirados em Cubatão. Aparecem também as trepadeiras, as ervas e as epífitas.

Essa vegetação foi muito devastada nos morros para exploração das pedreiras ou substituída pelos bananais e ainda, no passado, para a obtenção de lenha. Nas últimas décadas, a vegetação sofreu muito através das invasões das encostas da Serra do Mar.


Horto Municipal em 1987: projeto previa instalar um viveiro de mudas, um lago artificial e um kartódromo, e a transformação no Parque Ecológico Cotia-Pará

Foto: folheto Cubatão - Um Governo com o Povo - Prefeitura Municipal de Cubatão, janeiro de 1987

Parques ecológicos e turísticos

Cubatão conta com três parques ecológicos: Perequê, Cotia-Pará e Itutinga-Pilões. Além disso, para atividades turísticas e de lazer, conta com o parque municipal conhecido como Cidade da Criança (ex-Parque Anilinas).

Parque Ecológico do Perequê - Com acesso pela Rodovia Cônego Domenico Rangoni (Cubatão/Guarujá - SP 55), dista cinco quilômetros do centro da cidade. O Rio Perequê possui vocação turística já há muito tempo, pois desde o início do século XX era procurado por banhistas. O Parque Ecológico foi inaugurado em 12 de dezembro de 1997 e, como ponto alto da visita, o turista pode apreciar uma cachoeira de 60 metros de queda.

Parque Ecológico Cotia-Pará - Com área de 500 mil m², está localizado às margens da Via Anchieta, entre os quilômetros 55 e 56, distando 2 km do centro da cidade. Como atrações principais, o local apresenta mini-zoológico, áreas de esporte, teleférico, viveiros de pássaros, áreas de lazer com quiosques e churrasqueiras. Além disto, há o Horto Municipal e o Cristo Redentor.

Itutinga Pilões - Situado precisamente na confluência dos rios Pilões e Cubatão, na área denominada Itutinga. Nesse local encontra-se uma vila cujas construções remontam ao século XIX. Desenvolvia-se ali a cultura da banana. Nesse local foi instalado o núcleo do Parque Estadual da Serra do Mar, cujo objetivo é preservar a mata nativa, bem como as diversas espécies de vida animal existentes na região.

Cidade da Criança - Atual denominação do Parque Municipal Anilinas, já que no local existiu a antiga fábrica de produtos químicos à base de tanino, substância retirada da vegetação do mangue para ser empregada na fabricação de corantes e outros produtos. A fábrica funcionou até 1967, quando entrou em processo de falência. A prefeitura cubatense, em 1972, adquiriu a área e construiu no local o parque, que recebe milhares de visitantes. Eles se divertem em brinquedos, quadras poli-esportivas, áreas de recreação infantil e biblioteca infanto-juvenil. Considerada a grande área de lazer de Cubatão, com 50 mil metros quadrados no centro da cidade, possui seis entradas (a principal pela Avenida Nove de Abril), um pavilhão de exposições, bosques e anfiteatro.

 
Matéria publicada no jornal santista A Tribuna, em 27 de fevereiro de 2000:
 

Manacás são comuns à beira das estradas e se adaptam às mudanças do ecossistema

Foto: publicada com a matéria

Manacás florescem e dão cor à Serra do Mar

Com nome científico de Tibouchina mutabilis, a árvore tem variação de tonalidades do branco ao roxo

Da Reportagem

Conhecidas como manacás da serra, milhares de flores arroxeadas estão colorindo as margens do Sistema Anchieta/Imigrantes (SAI). Estas árvores, que têm como nome científico Tibouchina mutabilis, florescem sempre nos meses de verão e são típicas da Mata Atlântica, desenvolvendo-se nos trechos de serra.

A variação de tonalidades vai desde o branco até o roxo. O contraste com o verde da mata e a incidência dos raios solares realçam a beleza de plantas que se diferenciam de outras espécies pela sua alta resistência aos impactos provocados pelas estradas e pela poluição ambiental.

A engenheira agrônoma Greicilene Regina Pedro explica que os manacás são árvores que, além de suportarem a luminosidade, também se adaptam às alterações de ecossistemas que sofrem com a intervenção do homem, como é o caso das estradas.

A Mata Atlântica é uma floresta tropical pluvial que possui árvores com até 25 metros de altura. Os manacás são mais comuns à beira das estradas, enquanto as também populares quaresmeiras (Tibouchina granulosa) surgem em áreas de matas mais fechadas e nas partes mais baixas da Mata Atlântica. "Não são árvores de serra", explicou a agrônoma Greicilene, do Orquidário. As quaresmeiras são plantas da mesma família dos manacás, mas têm as flores mais escuras, num forte tom de roxo.

Uma terceira espécie de árvores da mesma família é a conhecida como orelha de onça (Tibouchina holoserícica). As folhas são mais aveludadas mas também são típicas do Litoral Paulista e surgem mais em áreas de restinga.

Litoral - Plantas típicas da Mata Atlântica também podem ser vistas na Rodovia Rio-Santos, onde, além dos manacás da serra, existem os gapuruvus e o ipê-amarelo. Nas florestas de restinga, mais próximas ao mar, as plantas nativas mais comuns são as palmeiras, cipós, xaxins e árvores miúdas.

Dos mais de um milhão de quilômetros quadrados que eram cobertos pela Mata Atlântica desde a costa do RIo Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, que representava 12% do território nacional, sobraram hoje apenas 9% de toda a extensão original da floresta.

Com uma riquíssima biodiversidade de fauna e flora, a Mata Atlântica deve abrigar mais de 800 espécies de aves, 180 anfíbios e 131 mamíferos, incluindo quatro espécies de mico-leão.

Leva para a página seguinte

Veja mais:
Fauna da Área dos Manguezais de Santos-Cubatão
Parque Ecológico Cotia-Pará
Parque Ecológico do Perequê