Relevo
Relevo no Planalto - O principal sistema orográfico (orografia é a descrição de montanhas) é constituído pela Cordilheira do Mar ou Geral, recebendo
no município os nomes de Serra de Cubatão, do Poço, do Meio e do Mogi, numa altitude de 700 a 800 metros acima do nível do mar, nos aparados da serra. Uma das ramificações desta cordilheira é a Serra do Morrão, que atinge 700 metros de altitude
no município. Outros pontos elevados na Serra do Mar são os morros da Mãe Maria, com 500 metros de altura e o Marzagão com 100 metros. Num prolongamento da Serra do Morrão, encontra-se o morro do Casqueiro, próximo ao mangue, com aproximadamente
100 metros de altura. Ainda aparecem o Morro do Manuel Silva (a Noroeste da Cidade) e o de Piaçaguera (a Sudoeste da Cidade), ambos com menos de 100 metros de altura.
Relevo na Planície - Destacam-se os manguezais.
Serra do Mar, vista desde Cubatão
Foto: Cesar Cunha Ferreira, 14/5/2004
Topografia
A altitude máxima é atingida na Serra do Mar, com 700 metros e a mínima (média) na planície é de 3 metros.
A região é formada por duas províncias geomórficas: a área serrana, compreendendo escarpas e piemonte. e área de planícies, compreendendo morros isolados e planície. Os tipos de solo
encontrado são Associação Campos do Jordão e Litosolfase substrato granito gnaisse, associação Podsol Hidromórficos e Solos Hidromórficos.
1) Área Serrana - compreende uma fração do grandioso sistema de escarpas e montanhas que se estende desde o estado do Rio de Janeiro até a porção setentrional do estado de Santa
Catarina e corresponde à borda do chamado Planalto Atlântico.
A escarpa - bloco de rochas cristalinas, originado de falhas tectônicas, domina as planícies litorâneas por desnível de cerca de 800 metros. Na área, com o nome local de Serra
de Cubatão, ela se desdobra em patamares inferiores, isolados do bloco principal pelos vales dos rios Cubatão e Mogi, que se dispõem em forma característica de "pinças de caranguejo". Esse desdobramento da escarpa, aliado ao seu rebaixamento e
recuo, deu margem a seu aproveitamento pelas vias de circulação.
O piemonte - os vales dos rios Cubatão e Mogi não deveriam se enquadrar em área de piemonte, uma vez que, parcialmente, correm dentro do próprio maciço montanhoso. Esses vales,
responsáveis pelas "pinças de caranguejo", são em grande parte responsáveis pelas mais extensas planícies de aluvionamento fluvial da área e se dispõem também em faixa de piemonte.
A essas planícies de aluvionamento fluvial acrescenta-se outro elemento: os depósitos de piemonte acumulados pelo Rio das Pedras, que se abrem em leque compostos por seixos de gnaisses
e xistos.
2) Área de Planície - antiga baía, com várias ilhas, correspondendo a fragmentos cristalinos isolados da grande frente de falha e rebaixados por erosão, que foi invadida pelo
mar, para a seguir ir sendo entulhada por sedimentos. A progressiva sedimentação da paleo-baía é atestada pela presença na atual planície de cordões arenosos, que corresponderiam a antigos depósitos marítimos.
A Baixada Santista, assim, se origina de um antigo lagamar colmatado, onde a pequena declividade resulta na complexa rede de drenagem que a caracteriza.
Os morros isolados - compostos de rochas cristalinas, equivalentes aos antigos blocos falhados e rebaixos, que no passado constituíam ilhas. São esparsos pela Baixada ou
incrustados em áreas urbanizadas. Esses morros isolados são poucos.
A planície - composta por depósitos marítimos (mangues), fluviais (brejos) ou por antigos depósitos de areia de origem marítima, constitui a maior parte da área considerada.