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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - FAUNA
Animais passeiam pela política municipal (10)

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Não bastasse o tucano ser símbolo de um partido político nacional, e o guará vermelho ter se tornado o símbolo da recuperação ambiental cubatense, aves raras e outros animais também fazem suas visitas ao prédio do Legislativo municipal, às indústrias locais e aos parques ecológicos, tornando-se notícia na imprensa regional. Quando a Prefeitura resolveu iniciar uma ampla reforma no Parque Anilinas, as cotias (ou cutias) que ali viviam tornaram-s motivo de polêmica na cidade e de ações políticas, pois precisariam ser removidas para outro local, com todos os cuidados ambientais, antes que a reforma pudesse ser iniciada. A história é contada pelo jornal santista A Tribuna, em 12 de janeiro de 2011, páginas A-1 e A-12:


CORRE CUTIA... - No Parque Anilinas, as cutias são personagens ilustres. Mas, agora, são responsáveis por atrasar o início de uma obra de R$ 20 milhões. Para tocar o empreendimento, a Prefeitura de Cubatão precisa retirar os animais
Foto: Raimundo Rosa, publicada com a matéria

Fuga de cutias atrasa início das reformas no Parque Anilinas

Servidores de Cubatão tentam recolher animais desde dezembro

Da Redação

Aos poucos, elas se tornaram personagens ilustres do parque. Sobreviveram ao antigo minizoológico e fizeram do Anilinas, em Cubatão, seu habitat. Para se ter uma idéia do tamanho do prestígio que ganharam, esses animais são responsáveis por atrasar, em quase um mês, o início de uma obra avaliada em R$ 20 milhões.

Elas são as cutias, que vivem há anos no Parque Anilinas, cuja reforma só começará quando todas forem transferidas para outro local. Um levantamento feito pelo Município identificou cerca de 40 delas vivendo em grupos separados no parque.

A assinatura autorizando o início das obras, que têm previsão de término em 18 meses, aconteceu no dia 15 de dezembro. Só que os operários não começaram a trabalhar justamente pelo risco de uma máquina atropelar uma cutia ou outro acidente qualquer vitimar esses roedores.

Em tempos de políticas ecologicamente corretas, a morte de uma cutia pode se transformar em dor de cabeça para o Poder Público.

Assim que o início das obras foi divulgado, defensores ambientais de plantão começaram a questionar o Município sobre o futuro desses hóspedes do parque. Todos temiam pelo pior. Mas não. O secretário municipal de Meio-Ambiente, José Roberto Baldini, contou que o processo de retirada é lento e está sendo acompanhado pelo Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Até ontem, elas ainda podiam ser vistas pelos quatro cantos do parque. Isso porque não podem ser transferidas de uma hora para outra, ainda mais que passarão a viver em cativeiro em outro parque da Cidade: o Cotia-Pará.

Cuidado
As cutias não ficarão soltas no Parque Cotia-Pará para evitar a proliferação indiscriminada da espécie. Os animais passarão a viver em cativeiros.
 

Mudança - A previsão é que entre hoje e amanhã todas sejam levadas para a nova casa. Conforme contou Baldini, o Município construiu um local específico no novo parque para recebê-las. Todas as instalações tiveram de cumprir as normas impostas pelo Ibama, que já forneceu à Prefeitura a certidão para o traslado dos animais.

No Anilinas, as cutias vivem soltas nos 54 mil m² do parque. O Cotia-Pará possui área dez vezes maior. Só que o secretário de Meio-Ambiente diz que, por determinação do Ibama, elas não poderão ficar soltas.

"No Anilinas há o limite físico demarcado pelos muros do parque e isso facilita no controle de procriação do animal. Fomos orientados pelo Ibama a colocá-las em cativeiro e não deixá-las soltas, porque há o risco de uma procriação exacerbada". Diferente do Anilinas, o Cotia-Pará não possui muros para cercá-lo.

Não há previsão para o retorno dos animais. Posteriormente, elas devem ser transferidas para um outro local indicado pelo próprio Ibama. Isso quer dizer que a estadia dos roedores no Parque Anilinas, que fica no coração do Centro urbano de Cubatão, está chegando ao fim.


O Parque Anilinas é a casa de aproximadamente 40 cutias, que precisam ser capturadas e transferidas
Foto: Raimundo Rosa, publicada com a matéria

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