Os sambaquis Os dicionários citam que a palavra sambaqui provém do tupi "tãba",
significando concha, e "qui", monte, ou seja, monte de conchas. Estas elevações ocorrem com certa frequência no litoral brasileiro e são provas da ação do homem primitivo. As designações são múltiplas para este tipo de
construção; por exemplo, cernambi, casqueiro, concheira, ostreira, samauqui, berbigueira, caieira. Mesmo em dinamarquês há sua denominação: kjökkenmöding.
Os sambaquis existentes em Cubatão, pelo menos alguns deles, foram estudados por equipes de pesquisadores renomados do Museu Paulista, Instituto de Pré História da Universidade de São
Paulo (USP) e Musée de L'Home, de Paris. Constatou-se que os sambaquis remontam a aproximadamente 5 mil anos. Os locais de estudo foram Piaçaguera (área da Cosipa) e Ilha dos Casqueirinhos.
Além das conchas foram encontrados martelos, machados e facas de pedra. Há claros indícios de cerimônias em enterramentos de integrantes do grupo. Havia, dessa forma, uma intensa
movimentação por serem locais referenciais para o homem primitivo.
A averiguação científica permite que se conheça um pouco mais da proto-história com seus vários elementos. Os sambaquis constituem peça fundamental para entendimento das práticas desse
longínquo período da evolução humana.
Posto de pesquisa montado pelo Instituto de Pré-História (USP) na década de 1980,
na Ilha do Casqueirinho (Ilha de Santa Helena), em Cubatão
Foto: Cesar Cunha Ferreira, foto-geógrafo, 9/8/2004
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