Novo Milênio: Cubatão de antigamente - Cia. Santista de Papel, desde 1939 (1)

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CUBATÃO DE ANTIGAMENTE
Cia. Santista de Papel, desde 1939 (1)

Em 26 de janeiro de 1939, quando Santos comemorava seu primeiro centenário como cidade, Cubatão era ainda um distrito. Numa edição especial comemorativa daquela data, o jornal santista A Tribuna publicou este material sobre a Companhia Santista de Papel e sua Vila Fabril:

Imagem: reprodução de exemplar na coleção do historiador santista Waldir Rueda

O texto, na grafia original de 1939, e detalhe da foto:

Imagem: reprodução de exemplar na coleção do historiador santista Waldir Rueda

Companhia Santista de Papel

Entre as industrias estabelecidas no municipio de Santos, occupa lugar de grande destaque a Fabrica de Papel da Cia. Santista de Papel, situada em Cubatão.

Trata-se de um estabelecimento fundado em 1919 e que desde então se vem desenvolvendo ininterruptamente, até chegar ao ponto actual de uma das maiores fabricas do Brasil. Com efeito, possuindo 3 machinas continuas para fabricação de papel de todas as qualidades, com uma capacidade diaria de 30 toneladas e todo o indispensavel e complicado apparelhamento de uma industria dessa natureza, além de usina electrica e estrada de ferro propria, grande villa operaria provida de todos os estabelecimentos e installações necessarias, igreja, cinema, salão para divertimentos, campo para esporte, piscina, tudo em terrenos rigorosamente drenados e saneados - de onde a malária foi definitivamente expulsa - representa esse emprehendimento, exclusivamente nacional, um empate de capital superior a duas dezenas de milhares de contos de réis, verdadeiro rasgo de audacia de quem, acima de tudo, visa o progresso e o desenvolvimento de sua terra.

São componentes da Directoria da Cia. Santista de Papel os srs. drs. Luiz Antonio Fleury de Assumpção, Emmanuel Whitaker e Adolpho Borba, sendo seu gerente geral o dr. Francisco de Paula Vicente de Azevedo, um dos fundadores do estabelecimento em 1919 e que, desde então, tem-no acompanhado em todas as suas phases.

Com esta noticia damos uma vista aérea da grande fabrica santista, que, entretanto, dá apenas uma pallida idéa da sua impressionante grandeza.

Imagem: reprodução de exemplar na coleção do historiador santista Waldir Rueda

Este curioso documento foi expedido pela Companhia Santista de Papel em 2 de abril de 1963, em plena época de greves por todo o país - que resultariam no Golpe Militar de 31 de março de 1964. Os empregados da Santista reclamavam aumento de salário, e a empresa resolveu lembrar neste documento tudo o que seus funcionários já receberam. Segundo informa a Novo Milênio em 22/4/2009, o internauta Franz Josef Hildinger, de Praia Grande, esta relíquia lhe foi emprestada por um dos sindicalistas da época: