4 - Turismo
Na década
de 80, a Prefeitura de Cubatão criou os roteiros turísticos
denominados Histórico, Lazer Completo, Industrial
e City Tour, com o objetivo de atender à população
e visitantes, a maioria composta de estudantes. Devido ao bom estado dos
equipamentos turísticos - Caminhos do Mar, Parque Anilinas (com
minizoológico) e o Parque Cotia-Pará - a cidade possuía
várias opções de lazer para oferecer à comunidade
local e ao público externo.
Com o tempo
o uso dos equipamentos afastou-se dos objetivos originais, perdendo suas
características, além de manutenção descuidada,
levando à diminuição do fluxo de visitantes, principalmente
de outras cidades. A comunidade passou a utilizar os parques sem os devidos
procedimentos de segurança, ocasionando uma série de problemas,
como acidentes e impacto ambiental, entre outros.
No final da
década de 90, com as discussões em torno da região
metropolitana, Cubatão começou participar das câmaras
temáticas, feiras, seminários e todas as ações
relacionadas ao turismo no Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Baixada
Santista), Agem (Agência Metropolitana) e o Santos e Região
Convention & Visitors Bureau. Entretanto, não existe ainda um
turismo metropolitano estruturado.
Em janeiro
de 2005 foi criado o projeto turístico Cubatão Muito Prazer,
com o objetivo de melhorar a infra-estrutura dos equipamentos turísticos
e criar roteiros com operação profissional. Após uma
operação piloto de seis meses, a prefeitura pretende
transferir os passeios para as operadoras de turismo, esperando torná-los
auto-sustentáveis.
Vem se desenvolvendo
no município o turismo náutico, ecológico e de pesca
esportiva, através de operador privado localizado na Ilha de Caraguatá,
com roteiros de barcos pelos manguezais para observação
da fauna e flora.
A rede hoteleira
é muito limitada em Cubatão, existindo quatro hotéis
com 155 leitos e três pensões com 403 leitos, voltados para
a população de baixa renda, salvo o Hotel Olímpia,
que atende a um segmento específico do turismo de negócios
com menor poder aquisitivo.
Outro problema
é a falta de meios de transporte que proporcionem acesso fácil
aos equipamentos turísticos, embora estes se encontrem próximos
do centro urbano.
Embora a maior
oportunidade para o desenvolvimento do turismo no município esteja
na sua integração com a rede turística da Baixada,
aproveitando para o ecoturismo a natureza exuberante composta pela Serra
do Mar, rios e mangues, uma oportunidade que pode ser melhor explorada
é o parque industrial, tanto como segmento turístico como
patrocinador e parceiro de projetos.
PONTOS
FORTES
Natureza
exuberante, potencial para ecoturismo e turismo de aventura.
Presença
do Parque Estadual da Serra do Mar (núcleo Itutinga-Pilões),
com a maior porção da Mata Atlântica do Estado de São
Paulo.
Acervos
histórico, artístico e cultural.
Parques
municipais.
Facilidade
de acesso.
Presença
de uma ONG com fins específicos de desenvolvimento do turismo sustentável.
Presença
de diversas instituições de educação e pesquisa
em turismo na região da Baixada Santista.
A
existência do turismo náutico e de pesca esportiva na Ilha
de Caraguatá.
PONTOS
FRACOS
Condições
precárias em que se encontram os equipamentos turísticos.
Ocupação
desordenada do manguezal e da Serra do Mar.
Falta
de conscientização turística da população
e diversos atores sociais.
Falta
de sinalização turística.
Falta
de segurança.
Imagem
da cidade marcada por um paradigma do passado.
Danos
ambientais, que impedem que se explore todo o potencial turístico
da cidade.
Falta
de hotéis e pousadas qualificadas.
Falta
de acesso ao Caminho do Mar pelo município de Cubatão.
OPORTUNIDADES
O
ecoturismo, aproveitando a natureza exuberante do município, e o
turismo industrial.
Um
turismo metropolitano estruturado entre todos os municípios da Baixada
Santista. |