Prudente de Moraes foi presidente da República, no período 1894-98. Nasceu na fazenda paterna, no município de Itu-SP, a 4 de outubro de 1841. Tinha apenas 3 anos quando perdeu o pai, assassinado por um escravo. Casando-se a mãe pela segunda vez, passou a residir na cidade, onde completou os estudos primários. Depois de se formar em Direito (1863), foi advogar em Piracicaba, que então se chamava Cidade da Constituição.

Elegeu-se deputado provincial pelo Partido Liberal (1868). Só em 1876 ingressou no Partido Republicano, que representou na Assembleia Provincial (1878-79, 1882-83) e na Assembleia Geral do Império (1885). Instaurada a República, integrou a Junta Governativa de São Paulo, aclamada a 16 de novembro de 1888, sendo em seguida nomeado governador (1889-90). Senador do Congresso Constituinte de 1890-91, foi escolhido para ser presidente desse Congresso, após receber 146 votos, contra 81 dados a seu opositor, Saldanha Marinho. Após a elaboração constitucional, disputou com o marechal Deodoro da Fonseca a presidência da República, obtendo 87 votos. Deodoro saiu vitorioso, com 129 votos.

Exerceu a presidência do Senado até o fim do quatriênio. Ao cogitar-se da sucessão de Floriano Peixoto, o Partido Republicano Federal, arregimentado por Francisco Glicério, oficializou a sua candidatura, vindo a ser o primeiro presidente civil e o primeiro eleito (sem oposição) pelo sufrágio universal.

Desde a posse, a preocupação de Prudente de Moras foi toda no sentido de pacificar as facções divididas em dois extremos: os partidários do governo forte de Floriano e os saudosistas monárquicos. Já bastante doente, decidiu protestar contra a política dos governadores, preconizada por Campos Sales, com apoio de Rodrigues Alves, então na presidência de São Paulo. Foi o primeiro a assinar o manifesto da dissidência do Partido Republicano Paulista (8/9/1901), prestigiando com seu nome o movimento liderado por Cerqueira Cesar e Júlio Mesquita.