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Vias públicas de Cubatão/SP

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Rua Martim Afonso

Coordenadas da via: Latitude: -23.930652 e Longitude: -46.401736      [GoogleMaps]

Começa em Rua Nossa Senhora de Fátima, 830, na UEPE: Jardim Casqueiro

CEP: 11530-010

Termina em Avenida Beira-Mar, 1.233, na UEPE: Jardim Casqueiro

Nome antigo: Rua 13 da Vila Bandeirantes

Logradouro criado em 1965

História: A antiga Rua 13 da Vila Bandeirantes ganhou essa denominação pela lei municipal 592, assinada em 19 de agosto de 1965 pelo prefeito Luís de Camargo da Fonseca e Silva.

Pelo decreto municipal 3.321, assinado em 6 de novembro de 1979 pelo prefeito Carlos Frederico Soares Campos, a via prolongada para incluir o 'trecho que tem início no seu cruzamento com a Avenida Beira Mar na Vila Bandeirantes, até a Rua 22, no loteamento da Vila Ponte Nova'.

Martim Afonso de Sousa nasceu em Vila Viçosa, em Portugal, em 1500, e morreu em Lisboa em 1571. Viveu no início da colonização do Brasil. Era filho de Lopo de Sousa, alcaide-mor de Bragança e senhor do Prado, e de Brites de Albuquerque, cuja filha se ligava por bastardia a d. Afonso III. Tendo servido à casa de Bragança, esteve mais tarde a serviço de d. João III, de quem era amigo desde a juventude.

Em 1521 retirou-se para Castela, na comitiva de d. Leonor, viúva do rei d. Manoel. Em Salamanca, resolveu se casar com a nobre castelhana Ana Pimentel e combateu ao lado do imperador Carlos. Mais tarde, foi chamado a Portugal por d. João III, que o incumbiu, em 1530, da expedição com a tríplice finalidade de guarda-costas, reconhecimento geográfico e colocação de marcos de posse no Rio da Prata. Junto com ele, veio seu irmão Pero Lopes de Sousa.

Martim Afonso era capitão-mor da Armada e governador das terras que achasse ou descobrisse; com inteira jurisdição sobre as pessoas que nela se achassem; com poder e alçada tanto no cível como no criminal; podia também tomar posse das terras que descobrisse dentro da demarcação do Tratado de Tordesilhas, e constituir capitão e governador em seu nome à pessoa que escolhesse, delegando-lhe poderes; cabia-lhe criar e nomear tabeliães e mais oficiais de justiça, quer para a posse das terras, quer para as coisas da Justiça e governança; podia doar terras e sesmarias às pessoas que levava e a outras que na terra quisessem viver, a fim de que as aproveitassem e povoassem.

A expedição de Martim Afonso de Sousa atingiu Pernambuco, onde capturou, após combate, quatro navios franceses que praticavam o contrabando do pau-brasil. Mandou Diogo Leite explorar o litoral do Norte e João de Souza levar notícias de sua viagem ao rei de Portugal. A Armada prosseguiu para o Sul e, na Baía de Todos os Santos, encontrou Caramuru que, com outros da terra, lhe prestou assistência. No Rio de Janeiro, ficou durante três meses, mandando uma expedição ao interior que voltou mais tarde, com notícias de que um chefe indígena havia falado da existência de metais preciosos. Seguiu para Cananéia, onde encontrou Francisco Chaves e o bacharel de Cananéia com alguns espanhóis, que informaram da existência de metais preciosos no interior. Martim Afonso enviou Pero Lobo e mais oitenta homens à procura desses metais, mas eles não voltaram, sendo mortos pelos índios.

De Cananéia, seguiu viagem para o Rio da Prata; contudo, na altura de Punta Del Este de Maldonado, num temporal, a frota sofreu a perda da nau capitânia, e Martim Afonso escapou agarrado a uma tábua. Nesta altura, Martim Afonso resolveu voltar e encarregou seu irmão, Pero Lopes de Sousa, de explorar o Rio da Prata, o que foi feito.

Estabeleceu-se em São Vicente que, além de se situar claramente na área reservada aos portugueses pelo Tratado de Tordesilhas, apresentava excelentes condições; porto numa baía abrigada, onde já havia um povoado de 10 ou 12 casas, habitadas por índios e portugueses, como Antonio Rodrigues, que prestavam serviços a Martim Afonso de Sousa.

João Ramalho soube de sua presença e desceu a Serra para encontrá-lo, servindo-lhe de guia na expedição de Martim Afonso serra acima. Saíram de São Vicente, atravessaram o Caneú e desembarcaram no porto de Piaçaguera de Cima. Daí, continuaram sua viagem para o Campo de Piratininga, pelo Caminho dos Tupiniquins. 'A todos nos pareceu tão bem esta terra, que o capitão determinou de a povoar e deu a todos os homens terras para fazerem fazendas', disse Pero Lopes de Sousa no Diário da Navegação, referindo-se à região vicentina. Dentro dessa política povoadora, assinou Martim Afonso a doação de várias sesmarias, para o que tinha autorização do rei. A primeira foi a de Pero de Góes, em Piratininga, a 10 de outubro de 1532. A segunda foi a 10 de fevereiro, no ano seguinte, em São Vicente, quando fez a doação a Rui Pinto. Ambos eram fidalgos.

Diz a doação de Rui Pinto: 'Hei por bem de lhe dar as terras do Porto de Almadias, onde desembarcaram quando vão para Piratinin quando vão desta ilha de São Vicente que se chama Apiaçaba que agora novamente chama-se o Porto de Santa cruz, e da banda do Sul partirá pela barra de Cubatão pelo porto dos outeiros que estão na boca da dita barra, entrando os ditos outeiros dentro das ditas terras do dito Rui Pinto'.

Organizou o cultivo de cana-de-açúcar, para cujo aproveitamento formou a Sociedade do Trato, entrando com a terra e os outros com o dinheiro, sendo construído o engenho que se chamou do Trato e também do Senhor Governador. Em 1540, vendeu a sua parte para Erasmo Schetz, cujos filhos compraram as partes dos outros sócios, tornando-se proprietários do engenho, situado na encosta do morro do Cutupé. Das terras de Rui Pinto (Cubatão atual), vinha parte da cana de açúcar, que era moída no engenho de S. Jorge dos Erasmos, como ficou sendo chamado.

Em 28 de setembro de 1532, d. João III enviou-lhe uma carta na qual dizia deixar a seu critério permanecer ou não no Brasil, e comunicava-lhe a ideia de adotar o sistema de capitanias hereditárias para a colonização da nova terra, cabendo-lhe e ao seu irmão as melhores porções. Resolveu Martim Afonso regressar a Portugal em 1533 e deixou Gonçalo Monteiro como governador civil da futura capitania de S. Vicente. Nomeou sua esposa, Ana Pimentel, como sua procuradora, quando, em 1534, foi nomeado capitão-mor da Índia e para lá partiu, a 14 de março desse mesmo ano.

A Capitania de São Vicente foi-lhe doada por meio de duas cartas-régias, depois de sua partida. Ambas de Évora, a primeira de 6 de outubro de 1534 era a carta de doação; a segunda, de 20 de janeiro de 1535, era a carta foral onde constavam os direitos do rei e do donatário da capitania.

Regressou a Lisboa em 1539, e em 1541 voltou para a Ásia como governador da Índia, onde, combatendo e governando, ficou de 1542 a 1545, quando passou o governo a d. João de Castro, voltando de lá muito rico. Seus feitos na Índia foram celebrados por Camões, nas estâncias 63 a 67 do Canto X, em Os Lusíadas.

Muito considerado na corte, fez parte do Conselho d'El Rei. Morreu em Lisboa, em 1571, sem nunca mais ter regressado a São Vicente, que foi herdada pelo filho, homônimo do tio, Pero Lopes de Sousa. Foi sepultado no Convento de São Francisco, em Lisboa, numa capela construída por ele e sua mulher.

Fonte: Legislação Municipal de Cubatão e Histórico dos Nomes das Ruas e Avenidas do Município, Secretaria de Planejamento/Departamento de Programação e Controle (DPC)/Centro de Documentação e Informações (CDI) - fontes: Divisão de Cadastro–DOPA–Sesep–DOSRHU - Prefeitura Municipal de Cubatão, dezembro de 1986.

Veja mais em [Martim Afonso de Souza]
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