![]() | http://www.novomilenio.inf.br/baixada/vias/1v048.htm Vias públicas de Santos/SP | QR Code. Saiba + | ||||||
Rua Vinte e Oito de Setembro (antiga) |
| |||||||
Começa em Praça Antonio Telles, no bairro Centro Termina em Rua XV de Novembro, no bairro Centro Nomes antigos: Rua Direita (parte), Rua de Santa Catarina Logradouro criado em 1810 | ||||||||
História: Situada na parte interna da área correspondente à atual Praça da República, complementada pela atual Rua Visconde do Rio Branco, e tendo como paralela mais junto ao mar a Rua Setentrional. Parte da antiga Rua do Pelourinho à Santa Catarina. Em 1765, segundo ensaio de reconstituição topográfica da Vila reproduzido em Os Andradas, de Alberto Sousa, a atual Praça da República era formada pela Rua Santa Catarina e Rua Pequena. A Rua Pequena principiava no Pelourinho, o segundo que se construiu em Santos, e ia até à Igreja Matriz, ou ao Largo da Matriz. Contava 59 casas do lado do mar. De 1810 a 1821 chamou-se Setentrional da Matriz e depois apenas Setentrional. Em 1822, ano da Independência, o logradouro era ainda formado pela Rua Setentrional e, do lado oposto, pela Rua Meridional. Também foi chamada por Largo da Cadeia Velha (no trecho que daria origem à Praça Barão do Rio Branco) e, posteriormente, por Largo da Matriz. Desmembrada em 1810 da Rua Direita, a Rua Meridional começava no Convento do Carmo e terminava no Largo da Matriz. No ano da Independência tinha 21 casas. Paralela à Rua Setentrional, era designada sua 'irmã gêmea'. Primitivamente chamou-se 28 de Setembro e ainda Visconde do Rio Branco. Na Rua 28 de Setembro número 1, em 1883, a Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio de Santos teve sua sede, em duas salas, alugadas de Manuel Dias dos Santos. 28 de setembro é a data em que, em 1871, a princesa Isabel assinou a Lei do Ventre Livre, que libertou os filhos de mulher escrava nascidos a partir daquela data. Em comemoração à data de 28 de setembro, a Sociedade Emancipadora 27 de fevereiro reuniu-se a 28 de setembro de 1886. Nessa ocasião foi entregue a carta de liberdade à preta Afra, ex-escrava de José Manuel de Vasconcelos, a quem a entidade entregou 350$000, preço exigido pela alforria. Foi também dada liberdade à preta Benedita, que pertencia a Carlos Martins dos Santos. Na sessão do Senado, a 27 de setembro de 1871, sob a presidência do visconde de Abaeté, e com a presença de 38 senadores, falaram, pela ordem, Fernandes da Cunha, aparteado por Francisco Otaviano; Silveira da Mota, que defendeu sem restrições o histórico projeto de lei; e, ainda, Nabuco de Araújo. Logo depois houve a votação, sendo aprovado o projeto, ocasião em que as galerias prorromperam em vivas, o que levou a austera presidência a esta advertência: 'Atenção! Silêncio! Quaisquer manifestações de aprovação ou desaprovação por parte dos espectadores são coibidas no Regimento'. Mas os aplausos continuaram. É de recordar que presidia o Gabinete o visconde do Rio Branco. No dia seguinte, a princesa regente assinava o ato legal regulador do elemento servil, que passou a ser chamado de Lei do Ventre Livre, completado mais tarde (a 13 de maio de 1888) com a abolição da escravatura no País. Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 535 a 538, 632 | ||||||||
Veja mais em [WikiSource: Lei do Ventre Livre] | ||||||||
. |