Decreto 107, de 23 de junho de 1934, do prefeito municipal, dr. Aristides Bastos Machado, denominou Dr. Samuel Baccarat a Rua Aprovada 366.

O dr. Samuel Baccarat, natural do Espírito Santo do Pinhal, formou-se em 1916, pela Faculdade de Direito de S. Paulo. Em Santos, exerceu a Advocacia, valendo assinalar que, em companhia do seu sobrinho, dr. João Ramos Baccarat, defendeu e ganhou a causa de A Tribuna na famosa cobrança de indenização por efeito do saque e incêndio que esse jornal sofreu logo após a vitória da Revolução de 1930.

Esportista atilado, dirigiu com briho a Associação Santista de Esportes Amadores (Asea), além de prestar saliente colaboração a clubes amadores, como a A.A. Portuguesa e a A.A. Americana.

Como político, e dos mais argutos, foi vereador à Câmara Municipal de Santos no período de 1923 a 1926, quando ocupou as funções de segundo e primeiro secretário. Deixando a Edilidade, viu-se eleito deputado estadual. Em 1934 empreendeu viagem de recreio à Europa, sentindo-se mal na altura de Pernambuco. Desembarcando em Barcelona, consultou médico, que lhe diagnosticou apendicite. Foi para Marselha, onde se hospitalizou devido ao agravamento do seu estado de saúde e se submeteu a uma intervenção cirúrgica, vindo a falecer durante esse ato, em consequência de peritonite, no dia 21 de maio de 1934.

Seu corpo chegou a Santos a 25 de junho de 1934, trazido pelo navio francês Alsina. Foram tributadas as mais sentidas homenagens à memória do ilustre homem público, pondo-se à frente do movimento o Clube A. Bandeirante, de que ele era presidente, promovido também pela Santa Casa da Misericórdia; Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos do Estado (filial de Santos); Associação do Comércio Varejista; Associação Atlética Americana; Associação Cívica Feminina; Caixa Escolar Galeão Carvalhal; Centro dos Estudantes; Associação Instrutiva José Bonifácio e Clube de Regatas Santista. O féretro seguiu para a Catedral, onde às 9 horas do dia seguinte foi rezada missa de corpo presente pelo padre João Batista de Carvalho, dando-se o sepultamento no Cemitério do Paquetá. Nessa oportunidade discursaram Uriel de Carvalho, José Domingues Duarte, Haroldo Levy, André Freire, dr. Flor Horacio Cirilo e dr. Olivério Amaral.