Durante a administração do interventor federal, general Clóvis Bandeira Brasil, a denominação foi alterada para Governador Pedro de Toledo, nos termos da lei 3.642, de 13 de maio de 1969, cujo projeto de lei foi aprovado na sessão da Câmara Municipal de 7 de maio desse ano. Ato, aliás, exato, se se levar em conta que Pedro de Toledo mereceu a consagração do povo paulista como governador e não como embaixador, aclamado para dirigir os destinos do Estado de São Paulo em momentos incertos da vida cívica paulista.

Pela lei 2.851, de 24 de abril de 1964, do prefeito municipal José Gomes, foi autorizada a gravação da seguinte frase no Monumento ao Soldado Constitucionalista, na Praça José Bonifácio: 'Foi governador do Estado de São Paulo, proclamado pelo povo em praça pública, Pedro de Toledo, que encarnou as aspirações da gente paulista', determinando o diploma legal que a inauguração dessa placa ocorresse solenemente a 9 de julho de 1964.

De conformidade com o historiador Daniel Bicudo, que viu formar-se a Rua Governador Pedro de Toledo, ela era outrora uma vala - e vala particular -, por onde corria ou escorria um braço do histórico Dois Rios, que o dr. Saturnino de Brito viria mais tarde a canalizar. A rua que foi vala pode lembrar hoje o comediógrafo Artur Azevedo ao versejar numa revista carioca:

Na Rua da Vala
Número três
Tenho uma sala
Há mais de um mês…

Daniel Bicudo, residente na atual Governador Pedro de Toledo, recordou-se da vala divisória de fundos de quintais e chácaras da Praia. Era uma vala farta de sapos e peixinhos, cães e gatos mortos e encalhados no rebojo da corrente vagarosa que ia se juntar a outro braço do Dois Rios, que é agora o canal cimentado, de margens plantadas de grama decorativa, de passeios centrais e circundada de elegantes arranha-céus: a Avenida Washington Luís.