Figura de evidência na vida social e política do século XIX, o coronel Narciso de Andrade foi diretor do Centro Republicano e, nessa qualidade, como outros, coube-lhe recepcionar na sede social o grande Rui Barbosa quando, ministro da Fazenda do Governo Provisório de Deodoro, visitou Santos a 11 de fevereiro de 1890.

Fez parte do Conselho de Intendência, nomeado a 14 de março de 1891, voltando ao cargo a 29 de setembro de 1892 e renunciando a 12 de fevereiro de 1893. Exerceu ainda o posto de intendente (hoje prefeito) durante o período de 7 de abril de 1896 a 9 de julho de 1897, tornando a fazer parte da Câmara Municipal de Santos nas legislaturas de 1902-1905 e 1906-1908.

Deu valedora coadjuvação a obras assistenciais, sendo um dos fundadores da Associação Protetora da Infância Desvalida, ou Asilo de Órfãos, hoje Associação Casa da Criança, da qual se tornou presidente.

O coronel Narciso de Andrade faleceu a 23 de abril de 1926, com a idade de 74 anos, em sua residência à Avenida Conselheiro Nébias nº 373. Retirando-se da política, transferiu-se para S. Paulo, onde foi tesoureiro da Cia. Telefônica Rio-São Paulo. Pouco tempo antes do seu desaparecimento residia em Conceição de Itanhaém, em sua propriedade. Era casado com Amélia de Andrade Joyce. Por ocasião do seu sepultamento, discursou o dr. João Galeão Carvalhal, que era presidente da Câmara Municipal.

Deu-lhe a atual denominação o vereador dr. Raimundo Sóter de Araújo, autor de indicação apresentada e aprovada pela Câmara Municipal na sessão ordinária de 22 de março de 1906. Oficializada pela lei nº 647, de 21 de fevereiro de 1921, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro. Indicava-se na Planta sob nº 80.