Lei 943, de 8 de abril de 1948, do prefeito municipal Rubens Ferreira Martins, deu o nome de Miguel Couto à primeira via pública que fosse aprovada, nos termos do projeto de lei 56, de 1948, de autoria do dr. Alexandre Alves Peixoto Filho. Daí surgir o decreto 380, de 21 de setembro de 1949, daquele mesmo chefe do Executivo, que oficializou a Praça 470. Vale assinalar que o dr. Alexandre Alves Peixoto Filho apresentara indicação, transformada em projeto de lei, que, ao ser discutido, recebera emenda do dr. João Carlos de Azevedo.

Segundo justificou o autor do projeto de lei, 'Miguel Couto reunia as qualidades de médico, beletrista e parlamentar. Era um espírito nobre, servido por extraordinária cultura, transbordante de generosidade, tornando-se difícil distinguir qual o mais destacado: se o médico, se o bom. Foi o nosso maior médico de todos os tempos. No Parlamento, sua palavra se revestia de sortilégio, sobretudo quando despertava a Nação sobre o perigo amarelo, condenando a imigração japonesa'.

Miguel Couto nasceu no Rio de Janeiro a 1º de maio de 1865, formando-se pela Faculdade de Medicina dessa cidade. Sua atuação de pioneiro da Medicina renovada foi tão marcante que, com precisão histórica, se pode dividi-la, no Brasil, em dois ciclos: 'Antes de Miguel Couto e depois de Miguel Couto', segundo Raimundo de Menezes em Dicionário Ilustrado Brasileiro. Era também pensador, tribuno e escritor. Pertenceu à Academia de Letras.