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Vias públicas de Santos/SP

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Praça Visconde de Mauá

Coordenadas da via: Latitude: -23.933659 e Longitude: -46.329436      [GoogleMaps]

Começa em Rua General Câmara/Rua Dom Pedro II, no bairro Centro

CEP: 11010-000

Termina em Rua Cidade de Toledo, no bairro Centro

Nomes antigos: Largo da Coroação, Largo José Bonifácio, Largo do Chafariz, Campo da Misericórdia, Praça 52

Logradouro criado em 1887

História: Desde 26 de janeiro de 1939, é ela dominada pelo Paço, cuja construção obedeceu ao estilo Luís XVI e observa a um só gabarito arquitetônico. Grande parte de unidades municipais, bem assim a Câmara, funcionam ou funcionaram nesse palácio, que recebeu o nome de José Bonifácio.

Em 1801, a Rua do Campo tomou o nome de Campo da Misericórdia, por nele se situar o prédio da Igreja da Misericórdia. Com o correr do tempo, não mais existindo o templo, passou a se chamar Largo da Coroação, em homenagem a d. Pedro II que, acompanhado da imperatriz Teresa Cristina, na noite de 18 de fevereiro de 1846, inaugurou o chafariz que ficava no centro do logradouro, cuja água provinha da Fonte de Itororó. Aliás, no instante da inauguração, ao invés de água, o chafariz jorrou vinho, e do bom, por iniciativa de um cidadão português chamado Silva Braga, em homenagem aos imperadores do Brasil. Por sinal, o logradouro também era chamado por Largo do Chafariz. Na esquina da atual Rua Riachuelo, onde funcionou a agência da Viação Cometa e depois a agência do Banco Novo Mundo, havia o primeiro teatro em Santos, que funcionava 'em barracão anti-higiênico, iluminado a vela de cera e candeias de azeite, sem cadeiras próprias: quem quisesse que as levasse de casa, por meio de escravos', segundo Costa e Silva Sobrinho em Santos Noutros Tempos. De acordo com Alberto Sousa, em Os Andradas, o Largo da Coroação também se designou José Bonifácio. Na sessão de 28 de dezembro de 1865, presidida por Antônio Ferreira da Silva Júnior – visconde de Embaré -, a Câmara Municipal alterou nomes e limites de algumas vias públicas, 'como o antigo da Misericórdia onde está o chafariz da Coroação, que passa a denominar-se Largo da Coroação'.

Por iniciativa do vereador Guilherme José Alves Souto, a Câmara Municipal, na sessão de 6 de outubro de 1887, deu o nome de Praça Mauá ao Largo da Coroação, 'em homenagem ao visconde de Mauá, por seus grandes serviços prestados a Santos'. Incorporada à Planta sob número 52, a Lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro, alterou a denominação para Visconde de Mauá, em consonância com a proposta formatada pelo vereador João Manuel Alfaia Rodrigues Júnior.

Na sessão da Câmara Municipal verificada a 15 de julho de 1897, J. P. de Azevedo Sodré e Francisco Junqueira, em indicação, autorizaram o intendente a alargar as ruas laterais e colocar pedras britadas em toda sua extensão, bem como o serviço de arborização na Praça Mauá, sublinhando os proponentes que o alargamento deveria alcançar as quatro faces e quanto fosse necessário para a ampliação do logradouro.

De conformidade com o edital 54, de 16 de junho de 1903, as comissões de Obras e Viação e Fazenda e Contas, reunidas, examinaram as propostas para execução de obras de melhoramento na Praça Mauá, hoje Praça Visconde de Mauá, escolhendo a que fora apresentada pela Companhia de Calçamentos e Edificações pelo preço de 9:000$000, unanimemente aprovado pelo plenário, na sessão havida a 29 de julho de 1903, sob a presidência de Francisco Correia de Almeida Morais.

A remodelação da Praça Visconde de Mauá teve início em setembro de 1938. As obras compreenderam alargamento dos passeios laterais, arborização por meio de oitis, ajardinamento, como miniatura da esplanada de Versailles, tudo, aliás, em harmonia com o futuro Paço, que seria construído em estilo Luís XVI, estando decidida também a retirada de todas as linhas de bondes em frente ao Paço. As obras de remodelação da Praça Visconde de Mauá, traçadas pelo arquiteto J. M.Silva Neves, foram iniciadas a 23 de setembro de 1938.

Irineu Evangelista de Sousa nasceu na freguesia de Arroio Grande, no Rio Grande do Sul, a 28 de dezembro de 1813. Toda sua existência foi pontilhada de realizações úteis em prol de sua pátria. Seu grande feito foi a construção da primeira estrada de ferro no Brasil, inaugurada a 30 de abril de 1854, recebendo nessa época o título de Barão de Mauá. Destacam-se, também, entre seus empreendimentos: construção de navios em estaleiros nacionais; exploração das minas de ferro e cobre de Santa Catarina; abastecimento de água do Rio de Janeiro; criação de colônia agrícola na barra do Rio Negro, em Manaus; construção da Estrada de Ferro Pedro II; navegação do Rio Negro com o primeiro barco a vapor; criação do Banco do Brasil; criação de uma empresa de rebocadores no Rio Grande do Sul e iluminação a gás do Rio de Janeiro.

Em 1870, conseguiu inaugurar o telégrafo do Brasil para a Europa, sendo nessa oportunidade promovido por d. Pedro II a visconde. Homem de fortuna, chegou a emprestar dinheiro ao Tesouro Nacional; foi vítima, no entanto, de calúnias e maldades de inimigos, que contra ele lançaram sérias acusações, o que lhe valeram graves crises financeiras, inclusive de banqueiraos ingleses, causando-lhe a falência. Empobrecido, mas sem perder a honorabilidade, reabilitou-se e pagou tudo que devia.

Em Santos, Evangelista de Sousa instalou uma filial de Banco Mauá, que funcionava na atual Rua Frei Gaspar, no mesmo prédio onde se instalou depois a tradicional firma Hard Rand – Importadora e Exportadora S.A. -, que, por sinal, veio a falir durante a crise financeira que implicou seu titular. O visconde de Mauá faleceu em Petrópolis a 21 de outubro de 1889.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 434/435

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