História: Decreto-lei 96, de 17 de março de 1970, do interventor federal general Clóvis Bandeira Brasil, determinou no artigo terceiro: 'O artigo 1º da lei 3.255, de 23 de dezembro de 1965 passa a vigorar assim: Artigo 1º - Fica denominada Marrey Júnior a via pública entre o Fórum e a Catedral'.

José Adriano Marrey Júnior nasceu em Minas Gerais e se bacharelou pela Faculdade de Direito de S. Paulo por volta de 1900. Sua agitada e gloriosa atividade de advogado deu-lhe a auréola de um dos maiores criminalistas de nossa época, perfilhando ao lado de Antônio Corvelo e Cirilo Júnior, trindade que fez escola e fama em São Paulo, jamais superada ao longo dos nossos dias. Doublê de jornalista e advogado, fez noviciado de sua vocação política como juiz de paz do distrito de Santa Efigênia, em S. Paulo, elegendo-se, a seguir, deputado do Estado em sucessivas legislaturas. Fundador do Partido Democrático, elegeu-se por essa legenda à Câmara dos Deputados; por ocasião da interventoria de Fernando Costa ocupou a pasta da Justiça.

Segundo o dr. Antônio Feliciano, durante a sessão solene em homenagem a Marrey Júnior na Câmara dos Deputados, logo após seu falecimento, 'ele era mineiro de nascimento, mas paulista de devoção e intensamente brasileiro nos seus sonhos e nas suas esperanças. Era o pontífice do Tribunal do Juri. Argumentador inigualável, inscreveu em letras de ouro seu nome na história do Tribunal Popular de São Paulo. Sua passagem pela via pública marcou estes relevos: juiz de paz, vereador, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, deputado estadual, deputado federal, membro do Conselho Administrativo do Estado de S. Paulo, secretário das Finanças de S. Paulo e secretário da Justiça do Estado de S. Paulo. Na sucessão de Lucas Nogueira Garces, seu nome foi lembrado e apontado para dirigir os destinos da terra paulista; infelizmente, a incompreensão de alguns políticos da época impediu que São Paulo tivesse a fortuna de consagrar o grande homem público'.