Na sessão de 17 de maio de 1888 da Câmara Municipal de Santos, o vereador João Manuel Alfaia Rodrigues Júnior apresentou a seguinte indicação, unanimemente aprovada: 'Na cidade de Santos, a terra que guarda os restos mortais de José Bonifácio, o Velho, a lei redentora de 13 de maio de 1888 tem significação especial: ela vem ao túmulo do herói de 1822 assegurar que a grande obra de emancipação da Pátria está agora completa com a libertação dos escravos, o que equivale à fraternização brasileira. Indico, portanto, que se obtenha dos proprietários do terreno denominado Outeirinho, e contíguo, o espaço preciso para se levar a efeito uma praça ajardinada, na qual seja colocado, por meios ao alcance da Câmara, um Panteão para receber o grande mausoléu que guardará os restos mortais do Patriarca da Independência e que está sendo construído na Itália, sob a orientação do ilustre escultor brasileiro Bernardelli; que essa praça seja denominada Praça da Liberdade e que a rua que for aberta em direção à da Conselheiro Nébias tenha 100 palmos de largo, seja toda arborizada com palmeiras imperiais e se lhe dê o nome de Avenida Treze de Maio. Se os terrenos particulares não forem doados por seus proprietários, como testemunho do elevado sentimento de patriotismo que os deve caracterizar, fiquem desde já declarados de utilidade pública, uma vez que ali ainda existem os alicerces em que habitou José Bonifácio, o Velho. Outrossim, os lucros que esta Câmara auferir da venda dos terrenos sitos na Rua de São Bento sejam destinados a auxiliar os gastos que se fizerem indispensáveis; a fim de se executar esta indicação, que se oficie ao Governo Geral comunicando esta resolução da Câmara, pedindo aquiescência para torná-la efetiva'.